José
Viegas, na altura chefe da transportadora, terá acertado detalhes do suborno.
A
empresa Xihivele, Consultoria e Serviços Ltda, criada pelo moçambicano Mateus
Gentil Zimba, foi responsável pela recepção de 800 mil dólares americanos de
suborno da Embraer na venda de dois aviões às Linhas Aéreas de Moçambique
(LAM), em 2008, reporta a imprensa moçambicana.
Zimba
é executivo da General Electric Oil&Gas em Moçambique. Foi durante anos
representante da empresa sul-africana Sasol, também da indústria extractiva.
Na
altura da denúncia, o Departamento de Justiça americano fazia referência a um
agente C que teria feito a facilitação do “negócio”.
“No
processo das luvas, Mateus Zimba terá sido contactado por executivos da LAM
para entrar na qualidade de consultor”, escreve o diário moçambicano MediaFax.
A
empresa registada por Zimba em São Tomé e Príncipe, acrescenta, nunca chegou a
fazer qualquer trabalho de consultoria no processo, tendo sido criada
unicamente para a recepção dos 800 mil dólares.
O
jornal teve acesso a um termo de compromisso e ajustamento de conduta assumido
e subscrito entre o Ministério Público Federal do Brasil, a Comissão dos
Valores Mobiliários e ainda a empresa acusada, a Embraer.
Nos
contactos iniciais, Zimba e a Embraer não se entenderam quanto aos valores. O
Engenheiro José Viegas terá entrada em contacto com a Embraer para fixar o
valor em 800 mil dólares.
Viegas
era Presidente do Conselho de Administração da LAM e foi um dos assinantes do
contrato de aquisição das duas aeronaves.
Contactado
pelo jornal "O País" de Maputo para reagir à acusação, Viegas disse
que não tinha nada a dizer e se sente prejudicado pela informação. Zimba não
atendeu as chamadas do mesmo jornal.
O
caso denunciado pelas autoridades americanas está em investigação em Moçambique.
Voz
da América
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