Advogado
Rui Patrício diz que o seu cliente não foi informado nem notificado e que isso
põe em causa a validade do processo.
Acusado
de corrupção pelo Ministério Público português, Manuel Vicente terá ficado
surpreendido pelo desfecho da “Operação Fizz”. O vice-presidente angolano não
foi informado ou notificado sobre o processo, garantia dada pelo seu advogado,
Rui Patrício.
“Muito
me espanta que o meu constituinte possa ter sido acusado, não só porque nada
tem a ver com os factos do processo, mas também porque nunca foi sequer
ouvido”, respondeu por escrito aos jornalistas o advogado, num documento citado
pela Lusa.
De
acordo com Rui Patrício, em causa está a violação de uma obrigação processual
fundamental, o que “invalida o processo”.
Manuel
Vicente foi ontem acusado, pelo Ministério Público português, no âmbito da
“Operação Fizz”, de corromper o antigo procurador Orlando Figueira com EUR 760
mil para que este arquivasse dois processos em que o vice-presidente de Angola
estava a ser investigado.
Numa
nota da procuradoria-geral da República de Portugal, Manuel Vicente, à data dos
factos presidente da Sonangol, é ainda suspeito de branqueamento de capitais e
falsificação de documentos.
O
antigo homem forte da Sonangol será notificado do despacho de acusação por
carta rogatória a ser enviada às autoridades angolanas. Só então o Ministério
Público português pronunciar-se-á sobre as medidas de coação a aplicar.
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