GOVERNO
PORTUGUÊS E MÍDIA SÓ “TÊM OLHOS” PARA A VENEZUELA?
Mário
Motta, Lisboa
Os
democratas da treta manifestam-se e declaram críticas e sanções políticas e
económicas contra a Venezuela, à cabeça são os EUA a fazer o mal e
a caramunha. Ou seja, são os EUA a desestabilizar a Venezuela e a tomar medidas
pseudo-democratas pelos “horrores da ditadura de Maduro”, a UE cola-se aos EUA
e os esbirros dos governos dos países da UE aplaudem e aderem a essa colagem. No
caso de Portugal temos o democrata de pacotilha Augusto Santos Silva, António
Costa, e o restante governo de Portugal a alegarem que é aviltante e anti-democrático
“o regime de Maduro” e os venezuelanos aprovarem a Constituinte. Que é ilegal, dizem. Só
não declaram frontalmente é que é legal os EUA insistirem há mais de uma década em
desestabilizarem a Venezuela. Tais operações ianques já vêm do tempo de Hugo Chávez, que indubitavelmente foi sempre eleito democraticamente pelos venezuelanos, tal como esta recente Constituinte. Pese embora que aqueles que se dispuseram a fazer
parte da oposição vendida aos EUA e seus interesses discordem da Constituinte. São
oposição em sintonia com as ordens do Tio Sam.
Espantosamente
– olhem que não - os pseudo-democratas do chamado “mundo-livre”, EUA, UE, países
e políticos esbirros, já nada têm a dizer em defesa da democracia e dos
direitos humanos relativamente aos criminosos do reino da Arábia Saudita. Relevo
para o dito rei. Esse, um aliado dos EUA e dos países da UE, não é alvo de sanções
nem de críticas e governa ditatorialmente o país. Condena à morte quem se
atreva a criticar e a manifestar-se contra o governo. É assim que foram
mandados executar 14 desses manifestantes. Muitos outros já tiveram o mesmo
destino, a morte por assassínio. Mas o quê?! Para os EUA, para a “democrática” UE
e respetivos esbirros (governo português incluído), para o ilusoriamente chamado
“mundo livre e democrático”, nem o rei nem as políticas ditatoriais impostas no
país merecem críticas, muito menos sanções.
Sobre
a notícia que nos mostra o que acontece na Arábia Saudita e a matança de
contestatários ao regime não temos memória que exista por via da mídia em
Portugal. Recorremos à mídia de Espanha. Notícia que nos fizeram chegar mostra
a sanha ditatorial e assassina do reino amigo da “democracia ocidental”. E
agora comparemos o que diz sobre a Venezuela Augusto Santos Silva, e o que
decide o governo de Portugal, com o que nem por sombras aborda relativamente ao
denominado aliado do ocidente, a Arábia Saudita.
Esclarecendo
os que se interessam dispomos a seguir notícia do jornal espanhol Publico. É
que por Portugal, em português, não temos memória de ver tal notícia. Porque
será? Mas sobre a Venezuela é um fartum de notícias… Porque será? Umas merecem
trato de brutal destaque e outras nem por isso… Silêncio. Pois.
Saberá
mais… se continuar a ler. (MM)
Arabia
Saudí se prepara para ejecutar a 14 personas por manifestarse contra el
Gobierno
Al
menos 66 personas han sido ejecutadas en Arabia Saudí en lo que va de 2017,
según denuncia Amnistía Internacional.
La Corte Suprema de Arabia Saudí ratificó hoy la ejecución de catorce personas, entre ellas, un efectivo de las fuerzas de seguridad saudíes, acusados de "más de cincuenta ataques armados" en las manifestaciones contra el Gobierno.
Entre
los sentenciados, que había sido condenados en primera instancia en junio del
año pasado, hay personas incluidas en una lista de 24 disidentes perseguidos
por las autoridades de Arabia Saudí, emitida en 2012 en 2012.
Los
condenados fueron sometidos a torturas por parte de las autoridades saudíes
para conseguir, de esta forma, una confesión forzada, tal y cómo denuncia la
ONG Amnistía Internacional.
La
ONG ha condenado la sentencia judicial y ha acusado al Gobierno saudí de
"demostrar su despiadado compromiso con el uso de la pena de muerte como
arma para aplastar la disidencia y neutralizar a los opositores
políticos".
Según Amnistía
Internacional, al menos 66 personas han sido ejecutadas en Arabia Saudí en
lo que va de 2017. Cerca de 26 sólo en las últimas tres semanas, lo que supone
más de una ejecución al día.
Foto:
El rey de Arabia Saudí, Salman bin Abdelaziz. - AFP
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