O
PCP defendeu esta quinta-feira que a posição do Governo é "contrária aos
interesses da comunidade portuguesa" e à necessidade de "estabilidade
política" no país.
Um
dia depois de o Governo ter seguido a opção da União Europeia, de não
reconhecer a Constituinte eleita no domingo, o PCP afirmou, em comunicado, que
"a segurança da comunidade portuguesa residente na Venezuela implica a
condenação das ações desestabilizadoras, terroristas e golpistas".
Os
comunistas portugueses têm apoiado o Governo do presidente Nicolas Maduro e
acusam os Estados Unidos e a União Europeia de contribuir "para alimentar
atos de ingerência".
É
uma "atitude de respeito pela soberania da Venezuela e da sua ordem
constitucional e não a contribuição para alimentar atos de ingerência que,
indisfarçadamente a administração norte-americana e a própria União Europeia
prosseguem", que ajudará a "assegurar a normalização da
situação" no país, lê-se no comunicado.
Logo
na segunda-feira, o PCP saudou o "ato de afirmação democrática" da
Venezuela nas eleições de domingo para a Assembleia Constituinte e
exigiu que o Governo português tenha uma "atitude de respeito pela
soberania" do país.
A União Europeia recusou, na quarta-feira, reconhecer a
Assembleia Constituinteeleita no domingo na Venezuela e pediu que a "instalação
efetiva" daquele órgão seja suspensa, de acordo com declarações da chefe
da diplomacia, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros.
Também
na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva,
afirmou que Portugal, tal como os restantes países da União Europeia, não
pode reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela eleita domingo,
a qual classificou de "um passo negativo".
Lusa
| em TSF | Foto: Henry Romero/Reuters
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