Mário
Motta, Lisboa
Portugal
não reconhece a recém-eleita Constituinte venezuelana, afirmou Augusto Santos
Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Nem podia ser de outra
forma. A subjugação e o servilismo às políticas dos EUA e da UE, a isso obrigam.
A aquiescência politicamente genética de Santos Silva e da maioria dos políticos
e elites de Portugal, incluindo dos governos, tendem sempre a bajular os EUA
independentemente dos crimes que pratiquem. E são inúmeros.
Santos
Silva fala agora em democracia, em normalidade, etc. Mas não usou tais termos
quando todos percebemos que os EUA têm por obsessão dominar a América Latina,
os seus povos, os políticos que se vendem e subjugam e que a miséria e a
pobreza nesses países significam elevados lucros para os EUA. Nesse aspeto os
Santos Silvas da política fazem-se cegos, surdos e mudos. Quando os EUA sugam
os vastos recursos pertencentes aos povos do continente sul-americano, os
Santos Silvas fazem exatamente o mesmo, calam. Até parece que não existem. Quando
os EUA derrubam governos democraticamente eleitos naquele continente porque não
agrada aos seus interesses esclavagistas e exploradores os Santos Silvas não
recorrem às palavras democracia, legitimidade, normalidade, humanidade, etc. Calam, alinham
com os crimes do império norte-americano do mal. Assim tem sido sempre com
estes Santos Silvas, que até podem ter outros nomes desempenhando cargos no
governo, mas que agem, falam e procedem do mesmo modo. Cobardemente,
injustamente. Antidemocraticamente.
Maduro não pode fazer outra coisa a não ser reagir aos ataques da oposição interna vendida aos EUA e coordenada pelos EUA. Quando nos sentimos atacados e de algum modo queremos defender-nos temos que reagir e se necessário pular muros. A intromissão é dos EUA na Venezuela e não o contrário. Aos patriotas só resta defenderem a sua Pátria.
Quando
por mais de uma década os EUA assediou a Venezuela e atacou insistentemente Chávez
e, por consequência, o próprio povo, o próprio país democrático, os Santos
Silvas nada disseram contra a sanha imperialista dos EUA. Nem quando os EUA
elaboraram um plano (que está evidente) para desestabilizar a Venezuela, assim
como restantes países da América Latina que defendiam a sua soberania democraticamente,
os Santos Silva nada disseram, nunca condenaram as políticas dos EUA em defesa
das democracias então vigentes.