União Europeia diz estar pronta a
auxiliar autoridades na realização de legislativas "transparentes e
inclusivas", em novembro. Novo Governo inclusivo foi empossado esta semana
após três anos de instabilidade política.
A União Europeia (UE) referiu
este sábado (28.04) estar "pronta" para colaborar com a Guiné-Bissau
na organização das eleições legislativas "transparentes e
inclusivas".
Num comunicado divulgado à
imprensa, a porta-voz da representante para a Política Externa da UE, Federica
Mogherini, diz que a nomeação de um Governo inclusivo e de um primeiro-ministro
de consenso "são passos importantes para o restabelecimento do normal
funcionamento das instituições".
"Encorajamos todas as partes
a comprometerem-se com a nova oportunidade para a recuperação da normalidade
democrática, do Estado de Direito e da estabilidade institucional",
refere.
Para a UE, é a "hora de
consolidar o progresso político e institucional, ter um programa e orçamento
para o Governo apresentado e debatido na Assembleia Nacional Popular e iniciar
os preparativos para as eleições legislativas", que serão realizadas em 18
de novembro.
A União Europeia também destacou
os esforços da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)
para ultrapassar o impasse político que durava quase três anos.
O consenso político foi alcançado
entre os dois principais partidos, o Partido Africano da Independência da Guiné
e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), depois de intensas
negociações promovidas pela CEDEAO.
Mensagem positiva aos guineenses
O novo Governo de inclusão da
Guiné-Bissau tomou
posse na última quinta-feira (26.04) com o principal objetivo de
organizar as eleições legislativas. A nova equipa governamental é liderada pelo
primeiro-ministro, Aristides Gomes, que prometeu cumprir de forma escrupulosa o
Acordo de Conacri.
Ao empossar os 26 membros do novo
Governo, o Presidente guineense, José Mário Vaz, afirmou que os atores
políticos guineenses deram um sinal claro de que ainda querem salvar esta
legislatura e renovar a confiança e a esperança da população.
"Com o primeiro-ministro de
consenso e o Governo de inclusão, demonstramos ao mundo que somos capazes de
respeitar os esforços de ajuda de vários intervenientes e aconselhamentos de
amigos da Guiné-Bissau", afirmou José Mário Vaz. "Por isso, considero
hoje um dia especial para a Guiné-Bissau e para os guineenses, os irmãos voltaram
a dar as mãos e deixaram de lado as diferenças do passado."
O chefe de Estado salientou ainda
que a "confiança" depositada no Governo deve ser encarada como
"uma missão de trabalho e de resultados concretos".
kg, Agência Lusa | Deutsche Welle
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