O PS e o PSD rejeitaram hoje, em
intervenções no Parlamento Europeu (PE), cortes nas verbas para a Política de
Coesão, ao contrário do que propõe a Comissão Europeia no Quadro Financeiro
Plurianual (QFP) 2012-2027.
O eurodeputado José Manuel
Fernandes (PSD), que integra a Comissão dos Orçamentos do PE, salientou -
intervindo num debate com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude
Juncker, sobre o QFP 2021-2027 - ser "importante que a Política de Coesão
não seja reduzida", salientando a importância desta para "o
investimento na União Europeia".
"Pergunto aos
Estados-membros se estão disponíveis para cortar nos montantes que
recebem", acrescentou, defendendo também que a Política Agrícola Comum se
deve manter "no envelope atual".
Por seu lado, Maria João
Rodrigues (PS), que é membro da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais do PE,
considerou, também numa intervenção na plenária, que "o que importa é
termos um forte compromisso com a coesão e convergência".
"No PE, vamos lutar para que
a coesão não seja sacrificada e que a zona euro inclua instrumentos claros para
ultrapassar divergências", disse Maria João Rodrigues.
O presidente da Comissão Europeia
apresentou hoje "um orçamento moderno, simplificado e mais flexível"
para a União Europeia para o período 2021-2027, que inclui novos mecanismos
para responder a crises económicas e cria maiores sinergias entre programas.
Com base nas propostas hoje
apresentadas, o executivo comunitário irá nas próximas semanas avançar com
propostas detalhadas para os futuros programas setoriais e arrancarão as
negociações com o Conselho (Estados-membros) -- no qual o QFP tem que ser
aprovado por unanimidade - e o Parlamento Europeu, esperando a Comissão
Europeia que seja alcançado um acordo antes das próximas eleições europeias,
agendadas para maio de 2019.
Lusa | em Notícias ao Minuto
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