Presidente russo nega desejo de
desestabilizar bloco europeu e pede fortalecimento dos laços entre Moscou e
Bruxelas. "Quanto mais problemas houver na UE, maiores serão os riscos e
as incertezas para nós", diz.
O presidente da Rússia, Vladimir
Putin, defendeu uma maior cooperação entre o governo russo e a União Europeia
(UE). Segundo Putin, Moscou não busca a desestabilização do bloco comunitário
europeu – apesar de se aproximar de partidos críticos da UE.
"Não estamos perseguindo o
objetivo de dividir algo ou alguém na UE", disse Putin em entrevista à
emissora estatal austríaca Österreichischer Rundfunk (ORF), um dia antes de
visitar Viena.
Em vez disso, é de interesse da
liderança russa "que a União Europeia esteja unida e floresça".
"A UE é nosso parceiro comercial e econômico mais importante",
justificou o presidente russo.
Segundo ele, quaisquer contatos
de nível partidário com movimentos nacionalistas e eurocéticos não visam
desestabilizar o bloco. "Pelo contrário, precisamos fortalecer a
cooperação com a UE", disse Putin. "Quanto mais problemas houver na
UE, maiores serão os riscos e as incertezas para nós."
A cooperação entre a legenda
Rússia Unida – partido do qual foi fundador – e partidos de direita, como
a Alternativa para a Alemanha (AfD) e o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ),
é decidida de forma pragmática.
Putin afirmou que a Rússia Unida
também gostaria de estabelecer contatos com outras forças políticas.
"Tentamos cooperar com aqueles que expressam publicamente o desejo de
trabalhar conosco", disse.
Putin é aguardado nesta
terça-feira (05/06) para uma visita de um dia à Áustria. É a primeira visita de
Putin a um país da União Europeia desde a sua reeleição como presidente russo
em março. O homem mais poderoso da Rússia e líderes do Estado e do governo
austríaco, entre eles o chanceler federal Sebastian Kurz, pretendem dialogar
sobre a crise na Ucrânia, sanções econômicas e a situação política global.
Putin enalteceu os bons contatos
com a Áustria, que faz parte da União Europeia, mas não da Otan. "Apesar
de todas as dificuldades, o diálogo não foi interrompido nos últimos
anos", disse.
PV/dpa/rtr | Deutsche Welle
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