As forças de defesa e segurança
de Moçambique abateram alguns dos supostos membros dos grupos armados que têm
atacado a população no norte do país, afirmaram fontes neste sábado (02.06).
Segundo informação veiculada
canal de televisão STV, oito suspeitos terão sido mortos pelas autoridades
durante uma operação nas matas da província de Cabo Delgado, junto a uma das
aldeias onde, no domingo passado, foram decapitadas dez pessoas.
De acordo com a STV, os supostos
agressores terão sido abatidos na sexta-feira (01.06), depois de mais uma
pessoa ter sido decapitada, na quinta-feira, na povoação de Muti, no mesmo
distrito. Juntamente com os suspeitos terão sido descobertas catanas e uma
metralhadora AK-47, além de comida e de um passaporte tanzaniano, acrescentou o
canal.
Os agressores estariam junto a um
rio quando foram descobertos e abatidos, sendo que já noutras ocasiões terão
sido detetados junto a cursos de água, adiantou ainda a STV, que disse ter
obtido a informação junto de membros das forças de defesa e segurança.
Outras fontes contactadas pela
agência de notícias Lusa, no distrito de Palma, também falam de um
contra-ataque das autoridades, mas não especificaram quantos terão sido abatidos.
De acordo com estas fontes, os suspeitos foram encontrados enquanto preparavam
comida, no meio de uma floresta em Quissengue, posto administrativo de Olumbi.
As mesmas fontes também garantiram que os membros das forças de defesa e
segurança terão sido apoiados nas operações por residentes.
Mesquitas reabertas
Entretanto, o Governo provincial
de Cabo Delgado permitiu a reabertura de três mesquitas em Pemba, capital da
província, depois de terem sido encerradas no final de 2017 por indícios de
ligação aos grupos armados que atacam a região.
A reabertura foi permitida depois
de os líderes das respetivas mesquitas se terem distanciado dos movimentos
radicais suspeitos, de acordo com a edição de hoje do jornal Notícias.
Ataques
A vila de Mocímboa da Praia e
povoações do meio rural da província de Cabo Delgado têm sido alvo de ataques
de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de
mortes e deslocados.
Um estudo divulgado em maio, em
Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a
movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como
algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a
avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis
anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas
mundiais.
Agência Lusa, tms | em Deutsche
Welle
Sem comentários:
Enviar um comentário