segunda-feira, 4 de novembro de 2019

REINTERPRETAR O MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO EM ÁFRICA – V



SUBSÍDIOS EM SAUDAÇÃO AO 11 DE NOVEMBRO DE 2019

Uma das maiores deficiências de que sofrem os africanos duma forma geral e os angolanos em particular, é a ausência de reflexão própria sobre os fenómenos antropológicos e históricos afectos ao seu espaço físico, geográfico e ambiental.

Essa falta de vontade e de perspectiva abre espaço ao conhecimento que chega de fora, em prejuízo do conhecimento que tem oportunidade de florescer dentro, ou seja: subvaloriza o campo experimental próprio, quantas vezes para sobrevalorizar as teorias injectadas do exterior!

Isso permite que outros não abram o jogo sobre essas interpretações dialéticas em função de seus interesses, manipulações e ingerências, aplicando a África, por tabela a Angola, as interpretações estruturalistas de feição, de conveniência e de assimilação!


Esta série pretende reabrir dossiers que do passado iluminam o longo caminho da libertação dos povos da América Latina e Caribe, de África e por tabela de Angola, sabendo que é apenas um pequeno contributo para o muito que nesse sentido há que digna e corajosamente fazer!

Abrir os links permite complementar com fundamentos, muitas das (re)interpretações do autor.


17- Entre 1961 e 1965 o MPLA foi alvo de manobras cuja origem era identificada com os Estados Unidos e seus aliados europeus e africanos, manobras essas no sentido de o inviabilizar por completo, neutralizar a sua acção no terreno e na frente diplomática, assim como “apagá-lo do mapa” do movimento de libertação em África! (https://www.academia.edu/9501562/Dos_nacionalismos_%C3%A0_guerra._Os_movimentos_de_liberta%C3%A7%C3%A3o_angolanos_-_1945_1965?email_work_card=interaction_paper).

A vida dura mas catalisadora foi vivida pela própria família de António Agostinho Neto! (http://villasegolfe.co.ao/pt/articles/info/745/).


A situação obrigava a inquebrantável vontade de luta armada, nas condições mais difíceis, nos cabocos da lógica com sentido de vida implícita já nos alvores do rumo em direcção à autodeterminação e à independência! (https://journals.openedition.org/cea/135).

Os pesados reveses de então, mais fortaleceram as convicções e a vontade do guia, assim como de todos os que com ele se identificavam, no penoso mas decisivo rumo, na única via possível: a da luta política sem fronteiras e a armada no interior! (http://jornalcultura.sapo.ao/historia/o-comandante-a-guerrilha-e-a-formacao-do-exercito/fotos).

A busca incessante de unidade, pela vontade do guia e de seus seguidores, sobrepôs-se a tendências desagregadoras internas como a de Viriato da Cruz, obtendo pouco a pouco e cada vez mais vitórias político-diplomáticas no ambiente internacional da época, onde o colonialismo português e o “apartheid” haveriam de ser politicamente condenados e derrotados, anos antes do seu colapso final!... (https://www.academia.edu/10513124/O_comunismo_de_Viriato_da_Cruz_e_os_seus_reflexos_no_nacionalismo_angolano?auto=download).

Outro sintoma haveria de ocorrer: nas universidades portuguesas: depois da afirmação da Casa dos Estudantes do Império (https://www.buala.org/pt/a-ler/a-vitoria-e-certa-apontamentos-para-a-historia-do-mpla) nada mais seria como antes e os estudantes venceram fascismo e colonialismo, outros anos antes do seu colapso final!... A gesta trovadora de Zeca Afonso marcou indelevelmente as vitórias progressistas nas universidades portuguesas, que tanto haveriam de influenciar na eclosão do 25 de Abril de 1974! (https://www.youtube.com/watch?v=CbVQV1XNOCYhttps://www.youtube.com/watch?v=ReJrOCcCmnohttps://www.youtube.com/watch?v=ERXpCjbwny0&t=208s).

Angola | Insegurança alimentar: um problema de Segurança Nacional


Sebastião Vinte e Cinco | Jornal de Angola | opinião

O processo de construção da soberania nacional passa, necessariamente, pela prova de capacidade de produção de alimentos em quantidades suficientes para o asseguramento da cesta básica, desafio que muitos países africanos ainda não venceram.

O povo angolano, a despeito de ter iniciado a sua marcha rumo ao crescimento e ao desenvolvimento económico com a independência a 11 de Novembro de 1975, ao fim de 44 anos parece, tal como outros demais países africanos não ter ainda vencido este desafio.

O malogrado Engenheiro Mateus Neto, que tinha sido Ministro da Agricultura no Governo de Transição resultante dos Acordos de Alvor, quando nas vestes de dirigente máximo da famosa Fazenda Tentativa terá idealizado e dado início à implementação de um plano com vista ao alcance da auto-suficiência alimentar. Entretanto, por razões que a história melhor contará e que muito provavelmente terão tido a ver com a cor partidária que representava na altura, tal não veio a merecer o acolhimento e o seguimento que se impunha.

Os anos de guerra agudizaram a insegurança alimentar entretanto minimizada pela intervenção do Programa Alimentar Mundial que, como é sabido, tem limitações na sua actuação por conta dos orçamentos e das dotações dos seus membros e patrocinadores.

Com a outorga, em 2002, do Memorando do Luena complementar ao Protocolo de Lusaka, este último na sequência dos Acordos de Bicesse, as esperanças de desenvolvimento do sector agrícola nacional passaram a ser fundadas e justificadas tendo em conta a riqueza em solos aráveis e o potencial hídrico do país. Contudo, tal não passou de uma miragem apesar da criação e funcionamento do Banco de Desenvolvimento de Angola vocacionado para o financiamento de projectos agro-industriais e outras actividades produtivas.

O endividamento público, segundo alguma mídia estrangeira na ordem dos 95% do PIB não terá beneficiado o sector agro-industrial, tendo a inflação galopante que se regista na economia angolana hoje precipitado o crescimento do número de pessoas/famílias necessitadas e carentes de alimento cujos preços dispararam ao ponto de uma refeição decente poder mesmo ser considerada um verdadeiro luxo.

Guiné-Bissau | José Mário Vaz: "Decisão de exonerar Governo é irreversível"


"A minha decisão de exonerar o Governo é irreversível", assegurou este domingo o Presidente da Guiné-Bissau, que admitiu convocar o Conselho de Defesa Nacional. A CEDEAO voltou a reafirmar o seu apoio a Aristides Gomes.

José Mário Vaz, que também é candidato às eleições presidenciais de 24 de novembro, falava na noite deste domingo (03.11), durante uma ação da sua campanha eleitoral em Gabu, no norte do país.

"Posso garantir-vos que a minha decisão de exonerar o Governo é irreversível. O meu decreto não irá por água abaixo. Já não havia condições de coabitação entre o Presidente e o primeiro-ministro demitido. Ele nem sequer vinha para os encontros oficiais comigo", afirmou.

O Presidente cessante garantiu também que convocará em breve o Conselho de Defesa Nacional para analisar o caso do Governo de Aristides Gomes que se mantém no poder com o apoio da comunidade internacional. 

Salvini e a Lega: avança o perigo neo-fascista na Itália


Mário Maestri & Gregório Carboni Maestri

Após a II Guerra, falou-se sempre de uma Itália Vermelha e de uma Itália branca -a cor do Vaticano-, para assinalar regiões que votavam com a esquerda comunista-socialista ou com a democracia-cristã. Uma orientação geral que se manteve após o tsunami que liquidou, nos anos 1990, a Democracia Cristã, atingida pela Operação Mãos Limpas, e o PCI, que acelerou sua reconversão social-liberal já avançada com a dissolução da URSS.  A Úmbria,  no centro-sul italiano, com pouco menos de um milhão de habitantes, foi sempre fortaleza da esquerda, desde as primeiras eleições pós-fascistas, em 1946. 

Nas eleições regionais da Úmbria de domingo, 27 de outubro de 2019, aliança de extrema-direita, capitaneada pela Lega, de Matteo Salvini, 46, venceu maciçamente, com 57% dos votos. Integravam a coligação o movimento Fratelli d'Italia [Irmãos da Itália], claramente pós-fascista [inspirados no mussolinismo], em fortalecimento em toda a Itália, e o partido de Berlusconi, em regressão.  Em 2015, a Lega  Norte [hoje Lega ] obteve apenas 14% dos votos naquela região. As prefeituras dos grandes centros industriais da Umbria -Perugia, Orvieto, Termi, etc. - já estão em mãos da direita.

A aliança dita de centro-esquerda recebeu menos de 38% dos votos. Ela era dirigida pelo PD [ex-PCI], social-liberal, aliado sobretudo ao Movimento 5 Estrelas e ao ecologismo. Para ampliar o eleitorado, o centro-esquerda apresentou como candidato empresário apenas chegado do centro-direita. Em relação às eleições de 2015, grosso modo, uns 20% dos eleitores de esquerda votaram na extrema-direita. Muitos eleitores de esquerda e do 5 Estrelas abstiveram-se. A esquerda comunista e a extrema esquerda anticapitalista, separadas, ficaram com menos de 2%.

Uma Itália Neo-Fascista?

É exemplar a importância desses resultados eleitorais devido ao fato de que, em agosto de 2019, o Movimento 5 Estrelas abandonou, em hábil conchavo político, sua parceria antinatural com a Lega , no governo italiano, para formar um outro governo programaticamente monstrengo, com o PD. Salvini, da Lega, forçara a queda do governo esperando voltar como poderoso primeiro ministro, com ou sem o 5 Estrelas.  O pouco mais de um ano de governo Lega -5 Estrelas dera-se no contexto de contradições viscerais.

A Lega  é movimento direitista, anti-esquerdista e racista. Exige crucifixo nos locais públicos e ataca os ciganos, mesmos os italianos. Matteo Salvini, dirigente comunista quando jovem, consagrou-se como ministro do Interior no passado governo. Interrompeu o desembarque da incessante migração clandestina mediterrânea, que apontou como introdução de trabalhadores desesperados para serem explorados, sobretudo no sul da Itália, por um prato de comida. A imigração aumenta o desemprego e o sub-emprego, enfraquece os sindicados e partidos políticos, pesa sobre os gastos sociais, cria classe de modernos escravos assalariados. Salvini consagrou-se quando do  confronto com os governos alemão e francês sobre os desembarques selvagens no sul na Itália. Sua política recebe o apoio dos racistas e também dos trabalhadores italianos angustiados com a situação que vivem e que vem na imigração a causa de seus infortúnios.

O Movimento 5 Estrelas, do cômico Beppe Grillo,  71, também ex-comunista, prometeu dar a palavra ao cidadão e manteve rígido verticalismo. Negou a divisão esquerda-direita e mergulhou na confusão programática. Não poucos esquerdistas aderiram ao movimento. No governo, Luigi Di Maio, 33, ministro do Trabalho, em competição com Salvini, combateu a precarização do trabalho, a  demissão sem justa causa, a expatriação de empresas italianas financiadas pelo governo. Sobretudo, concedeu salário aos desempregados e completou os dos mal pagos ["Renda Cidadã"]. Essas iniciativas, mal vistas por segmentos da classe média, foram desnatadas pela Lega , pressionada por empresários liguistas. As medidas não receberam o apoio decidido do PD, ex-Partido Comunista, que se opôs também ao controle da imigração por Salvini, apresentando razões  humanitárias.

Liberdade de expressão sob ameaça na Alemanha -- opinião


A sociedade alemã está ficando cada vez mais intolerante com visões divergentes, e o resultado pode ser um pensamento homogêneo perigoso. Ao evitar opiniões incômodas, a democracia se sabota, opina Christoph Hasselbach.

"Não concordo com o que o senhor está dizendo, mas vou lutar até ao fim para que possa dizê-lo." Os que tentaram interromper a aula de Bernd Lucke, fundador do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), na Universidade de Hamburgo, deveriam ler com bastante atenção essa citação do filósofo iluminista francês Voltaire.

A frase descreve um dos fundamentos da democracia: a liberdade de opinião. Atualmente ela está mais ameaçada no país do que muitos pensam. Está certo: aquele que, aqui na Alemanha, defende certas posições divergentes do mainstream não vai parar na cadeia. Formalmente, a liberdade de opinião é garantida. Mas essa pessoa de visão diferente está ameaçada de ser proscrita pela sociedade, pelo menos pela parte dela que dita o tom.

O caso de Bernd Lucke é especialmente extremo: não se trata sequer do tema de sua aula sobre economia, que já foi interrompida duas vezes e só se realiza sob proteção policial. Não, para os ativistas basta o fato de ele ter sido um dos pais da AfD. Isso, embora já tenha há muito abandonado o partido, justamente por achar que tendia demais para a direita. Se dependesse dos manifestantes, o homem nunca mais deveria poder falar em público, não importa sobre que tema.

O novo velho continente: Os senhores da Direita e o futuro da Europa


Nota da Redação: Esta semana o escritor Celso Japiassu continua a série de textos em sua coluna semanal, O novo velho continente e suas contradições, onde ele apresenta os perfis dos novos protagonistas da política europeia de extrema direita. Na semana passada, com o título de O crescimento da extrema direita ou a noite dos vampiros, o autor escreveu sobre o húngaro Viktor Orbán, o polonês Jaroslaw Kaczynski e a francesa Marine Le Pen. Hoje, em Os senhores da Direita e o futuro da Europa, ele comenta o italiano Matteo Salvini, o austríaco Norbert Hofer e o britânico Boris Johnson. Boa leitura.

Celso Japiassu | Carta Maior

Os senhores da Direita são hoje uma ameaça para o futuro da União Europeia. E da existência do euro, sua moeda. Eles combatem a imigração e o acolhimento de refugiados, cada um deles glorifica um nacionalismo exacerbado, as tradições do seu país e obscuras teorias sobre política, relações internacionais e a própria organização da sociedade. Há pelo menos um deles, Matteo Salvini, , que num exagero retórico bem italiano considera a moeda única um crime contra a humanidade.

Já disse aqui que todos os países da Europa – com exceção da Irlanda, Luxemburgo e Malta – contam com extremistas da Direita em seus parlamentos. A grande e dramática pergunta é se este pêndulo na direção das grandes ameaças vai continuar a apontar nessa direção por muito tempo ou se voltará a pender para os ideais de democracia, solidariedade e justiça social que inspiraram a criação da União Europeia. Os próximos anos é que vão dizer.

Brasil | Entidade de advogados diz que Bolsonaro está sujeito a impeachment (destituição)


A Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC) diz que o presidente Bolsonaro, em tese, incorreu em crime contra a probidade na administração (artigo 9º, inciso 7, da Lei.079/50), que define crimes de responsabilidade, estando sujeito a processo de impeachment (destituição)

“O presidente da República não pode, conforme admitiu, se intrometer em apurações de crimes, como o que envolve o homicídio da então vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes”, diz nota da entidade.

A DJC faz referência sobre Bolsonaro ter revelado que pegou as gravações do condomínio para não “serem adulteradas”, o que pode lavá-lo a responder processo por obstrução de justiça.

Confira a nota na íntegra:

Brasil | Organizações convocam atos contra o autoritarismo para terça-feira (5)


Uma série de organizações e movimentos populares convocaram manifestações para a próxima terça-feira (5). Protestos já foram agendados em diversas cidades do país tendo como mote o repúdio às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que defendeu a possibilidade de repetir a edição de medidas que compuseram o Ato Institucional nº 5 (AI-5).

Mesmo após a desautorização pública do presidente da República e o recuo do próprio Eduardo em relação ao tema, as entidades entendem ser necessário repudiar as seguidas posturas de integrantes do governo federal e políticos próximos que flertam com o autoritarismo. Nas redes sociais, a convocatória foi feita através da hashtag #5NcontraAI5.

As palavras de ordem "Basta de Bolsonaro!" e "Justiça para Marielle" também têm sido utilizadas para a mobilização, que já tem protestos marcados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Natal, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e Belém.

"Defender um dos períodos mais sombrios e uma das práticas mais sanguinárias da História brasileira não é só um desrespeito à memória do Brasil, mas um crime. O povo vai às ruas contra essa atitude", defendeu a Fundação Perseu Abramo.

A mobilização no Chile não pára e segue para a «super segunda-feira»


Após um fim-de-semana marcado por assembleias populares concelhias, a CUT convocou para esta segunda-feira várias acções de massas. A repressão pelas autoridades prossegue e já fez mais de dois mil feridos.

A Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) convocou diversas acções para o fim-de-semana e, para amanhã, manifestações naquela que se designa de «super segunda-feira».

A ideia é a realização de três acções principais que passam por ir até junto de representantes parlamentares para exigir que se trave o debate legislativo que está na agenda do governo; por realizar concentrações e marchas nas praças das principais cidades; e uma grande concentração em Santiago na Praça Itália.

As grandes reivindicações para as mobilizações passam por uma nova Constituição, um salário mínimo de 500 mil pesos, uma pensão equivalente ao salário mínimo, um conjunto de serviços básicos garantidos, e um transporte público com gratuitidade para estudantes e idosos, entre outras questões.

Durante o fim-de-semana foi dado fôlego a assembleias concelhias populares, que têm como impulsionadora a Unidade Social – composta por mais de 70 organizações, entre as quais a CUT, sindicatos do sector público, organizações de estudantes e outros –, e nas quais têm participado cerca de dez mil cidadãos. O objectivo é que toda la informação que saia destas reuniões venha a ser compilada e sistematizada pela Universidade do Chile em relatório.

Os reais impactos do aumento no nível do mar


Estudo aponta que, em 2050, áreas que abrigam 300 milhões de pessoas ficarão submersas. Mas acrescenta: populações permanecem desatentas, porque não têm acesso aos dados que expressam a tragédia

Informações do Climate Central’s Program on Sea Level Rise, traduzido por Henrique Cortez, no EcoDebate | em Outras Palavras

A elevação do nível do mar é um dos mais conhecidos dos perigos da mudança climática. Enquanto a humanidade polui a atmosfera com gases de efeito estufa, o planeta se aquece. E, ao fazê-lo, as camadas de gelo e as geleiras derreterão e o aquecimento da água do mar se expande, aumentando o volume dos oceanos do mundo. As consequências variam desde aumentos de curto prazo nas inundações costeiras, que podem danificar a infraestrutura e as culturas, até o deslocamento permanente das comunidades costeiras.

Ao longo do século XXI, projeta-se que o nível do mar global suba entre 2 e 7 pés, e possivelmente mais. As principais variáveis ​​serão a quantidade de poluição causada pelo aquecimento que a humanidade despeja na atmosfera e a rapidez com que as camadas de gelo terrestres na Groenlândia e especialmente na Antártica se desestabilizam. Projetar onde e quando esse aumento pode se traduzir em aumento das inundações e inundações permanentes é profundamente importante para o planejamento costeiro e para calcular os custos das emissões da humanidade.

Web Snowden em Portugal e a centelha do Poucochinho Mendes


O norte-americano que denunciou as práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, Edward Snowden, vem a Lisboa. Estará presente na Web Summit que começa hoje. Lisboa engalanada, para eles e para elas. Snowden estará na abertura deste evento por videoconferência. O seu refúgio é na Rússia e as agências norte-americanas da árvore genealógica da CIA/NSA, assim como Trump & Associados, andam "peladinhos" por o liquidar.

Vão ser libertados milhões para a realização da Web Summit. Hoteleiros estimam em mais de quatro milhões de euros o que arrecadarão. É obra. E o evento só estará em cartaz até ao próximo dia 7, quinta-feira. Mais milhões haverá... É só fazer as contas.

Mais no Expresso Curto de hoje. Trump em processo de destituição. Aquilo a que os manientos chamam "impeachment" - porque gostam de trocar o inglês pelo português. Personalidade de 'cagões'.

Multi temas são abordados neste Curto que verá a seguir. A lavra é de Pedro Cordeiro. Do Burgo Balsemão. O futebol também ali mora e o Reino Unido não vai faltar, nem o despenteado mental do Boris PM. Sanchez, do PSOE, campanha eleitoral espanhola. Olé! A literatura não falta. Que Medina vai substituir Centeno, adiantou Poucochinho Mendes. Sabem tudo, os venenosos do tipo Marques Mendes, homem e negócios de paredes foscas (e muito para muitos)). Que Costa e Centeno desatinaram. Talvez, mas o veneno destilado do alcoviteiro televisivo já cansa. O avaro anda sempre na senda de arrecadar os euros cintilantes vendendo balelas. Talvez guardando-os num qualquer paraíso fiscal. Topam?!

Adiante. Já em seguida o Curto sem mais considerações. O dia está morno e a semana será destinada a tomarmos balanço. Amanhã melhor será. Guardem saúde cuidando dela. Os que podem, porque a maioria dos portugueses(as) acerca desse bem de saúde, estão mesmo muito quilhados. É a vida que os neoliberalistas nos oferecem, do tipo veneno do já citado minorca televisivo. 

"Homem pequenino, velhaco ou dançarino", dito pela sabedoria popular. Escolham. E então? Não?

Avante. Na volta cá vos esperamos. Amanhã. Bom dia, se conseguirem.

MM | PG

Web Summit começa hoje em Lisboa com Edward Snowden na abertura


O norte-americano que denunciou as práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, Edward Snowden, participa hoje na abertura da Web Summit, que decorre até 7 de novembro no Parque das Nações, em Lisboa.

Snowden vai participar por videoconferência, uma vez que se encontra asilado na Rússia, para onde fugiu depois de ter revelado informação confidencial e ser procurado pela justiça norte-americana.

Segundo a organização, Snowden vai responder a questões sobre o seu trabalho para a NSA, como ajudou a construir um sistema de vigilância que reuniu milhões de dados de cidadãos americanos e porque decidiu expor publicamente aquilo que considerou práticas ilegais da NSA.

Além de Snowden, o cofundador e presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, já tinha anunciado outros oradores "como o CEO [presidente executivo] do Tinder, o 'chairman' [presidente do Conselho de Administração] da Huawei, o CEO da Wikimedia, dois comissários europeus e muitos outros".

"Esperamos 70 mil participantes, incluindo 1.800 'startup', 1.500 investidores e dois mil membros de 'media'", afirmou à agência Lusa Paddy Cosgrave.

Portugal | As verdades de André Ventura


O primeiro deputado de extrema-direita assumida garante que sempre defendeu o que agora defende, mas a sua tese de doutoramento diz-nos o contrário. Quiçá se trate de um aflitivo caso de dupla personalidade. Ou apenas tenha como princípios a megalomania e o oportunismo.

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Durante bastante tempo decidi, como muitas outras pessoas pelas mesmas razões, não escrever uma linha de opinião sobre André Ventura. Ou sequer mencionar o seu nome. Pareceu-me desde o início que se trata de alguém sequioso de atenção e de palco, à procura de relevância, e que ser "atacado", declarado "inimigo" por pessoas conotadas com a esquerda e com os movimentos de que ele se clama opositor faz parte da sua estratégia de afirmação e de congregação de apoios. A estratégia de um populista que quer usar o ódio e o medo para seu ganho, apresentando-se, como é timbre dos populistas, como "aquele que diz as verdades".

É aliás algo que André Ventura repete de cada vez que está em personagem: "Estou aqui para dizer as verdades e o que as pessoas pensam." É a voz do povo, pois claro. Uma espécie de Jesus (o profeta, não o treinador) da política, que vai, sacrificadamente, para o templo dos vendidos partir tudo em nome da pureza.

As verdades, pois. Vamos a elas. Ignorar André Ventura só foi possível enquanto era mais um aspirante a integrar a primeira linha, primeiro no PSD, pelo qual foi candidato em 2017 à Câmara de Loures, e depois, ganho balanço graças à sua retórica anticiganos e a alguns grupos de media que o levaram ao colo, no seu próprio partido, o Chega. Agora que entrou no parlamento é altura de o tratar como gente crescida.

Decidi, pois, fazer o óbvio para uma jornalista: procurar informação sobre ele, tentando perceber de onde vem, o que fez antes de chegar à ribalta. Foi assim que percebi que a sua tese de doutoramento está "restrita" até 2022 e que online não encontrava dela uma única referência em trabalhos científicos. Estranhei, tanto mais que André Ventura é alguém que exibe profusamente as suas credenciais académicas.

E ocorreu-me então, até pelo tema - as alterações legais e processuais ocorridas nas jurisdições dos países ocidentais no pós-11 de Setembro - e pela orientadora da tese, uma professora da Universidade de Cork, na Irlanda, que faz parte do conselho executivo do respetivo Centro de Direito Criminal e Direitos Humanos e da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da Irlanda, que este trabalho académico poderia trazer algumas surpresas.

Rússia-África “Visão compartilhada 2030”: Alternativa à pilhagem neocolonial


Mesmo que não se subscrevam algumas das apreciações feitas neste texto, aquilo que ele valoriza é importante, na medida em que pesa numa alteração da correlação de forças mundial. A Rússia actual nada tem a ver com a URSS. Mas na sua relação com África transporta o crédito da longa solidariedade soviética com os povos em luta pela libertação nacional.


Uma longa noite de sofrimento tem mantido há mais de um século um dos continentes mais ricos do mundo num estado de idade das trevas virtual. Embora a era da ciência tenha dado à humanidade os meios para aceder os mais altos padrões de vida da história mundial, 2019 viu 15.000 crianças morrerem todos os dias de mortes evitáveis ​​ (doenças, fome e assassínio), com metade das ocorrências na África Subsaariana. Num mundo de tecnologia energética avançada, apenas cinco dos 54 países africanos têm acesso a 100% de electrificação e todos eles são norte-africanos.

A situação sombria da África nunca foi devida a termos simplistas como “corrupção” ou “incompetência”, nem a África alguma vez foi “culturalmente incompatível” com a tecnologia ocidental, como alguns racistas têm ensinado em aulas de ciências sociais. A verdade é que nunca foi dada verdadeira independência a África, como vulgarmente se julga. Certamente que houve independência nominal, mas a independência económica necessária para se tornarem nações soberanas no continente nunca foi concedida pelo império.

É por isso que a presença crescente de países como China e Rússia no continente é cada vez mais vista como faróis de esperança para uma nova geração de africanos que reconhecem nesta aliança Eurasiana uma oportunidade de capturar o futuro que há mais de meio século lhes foi roubado.

Cabo Verde | Já basta de exibição do estatuto de político


No debate parlamentar, na manhã do dia 29 de Outubro de 2019, ouviu-se mais um punhado de banalidades político-social. Ora, se todos reconhecem que o país é vulnerável a efeitos externos, porque não se trabalha para criar condições de autonomia nacional, porque razão o Parlamento não exige mais do Executivo? Pois, o Executivo é o responsável pela execução do programa que apresentou no início do seu mandato. Se assim não estiver a acontecer (o caso actual), os parlamentares de todas as bancadas têm a obrigação constitucional de indagar e ou confrontar o Governo durante as jornadas de esclarecimento.

Carlos Fortes Lopes* | A Semana | opinião

Esses senhores que fazem o trabalho sujo dos grupos da liderança partidária, para poderem ser incluídos nas listas, continuam exibindo as suas incompetências parlamentares e todo o resto finge não ver nem saber de nada.

Todos bem sabemos que não se acaba com a pobreza dando alguns materiais de construção e produtos alimentícios durante as campanha políticas, mas ensinando as populações como aproveitar do ambiente para produzir.

Um empresário mexicano, considerado o homem mais rico do México, disse que “a melhor maneira de ajudar os pobres é a geração de empregos.”

A única maneira de eliminar a pobreza é criando fontes de emprego, não “com políticas públicas de caridade ou assistência social”, disse o empresário mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do México.

Esses comissários políticos continuam exibindo as suas incompetências em vários sentidos e tudo é normal para os que deviam tentar minimizar essa vergonha parlamentar.

No debate parlamentar, na manhã do dia 29 de Outubro de 2019, ouviu-se mais um punhado de banalidades político-social.

"Decisão de dia 24 não é sobre candidatos", é sobre futuro dos guineenses


O candidato às presidenciais do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que no dia 24 de novembro os guineenses vão decidir sobre o seu futuro e ambições.

"A decisão de dia 24 (de novembro, data das eleições presidenciais na Guiné-Bissau) não é uma decisão sobre candidatos, é a decisão sobre a nossa vida, sobre o nosso futuro e sobre as nossas ambições", afirmou Domingos Simões Pereira, num comício no Espaço Verde, em Bissau.

Na sua intervenção, Domingos Simões Pereira falou sobre a festa da democracia, que teve início sábado com arranque da campanha eleitoral para as presidenciais, mas que há regras e que um democrata as cumpre.

"Para participar nesta festa da democracia tem de ser democrata e aceitar as regras da democracia, tem de se aceitar que o povo é que escolhe e quando o povo escolher a discussão acaba", afirmou.

Domingos Simões Pereira salientou que em democracia se escolhe com base na comparação de ideias e não com base na cor, etnia e religião.

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