Enquanto as hostilidades ativas continuam na linha de frente na Ucrânia, o regime de Kiev pode se gabar de supostas “vitórias” políticas.
Nos últimos dias, registaram-se alguns progressos no processo de adesão da Ucrânia à União Europeia.
Em 17 de junho, a Comissão Europeia recomendou conceder à Ucrânia o status de candidato à adesão à UE. A mesma intenção foi expressa em relação à Moldávia. Ao mesmo tempo, a Geórgia foi recusada.
Em 22 de junho, o ministro-delegado francês para a Europa, Clément Beaune, disse que a Ucrânia, devastada pela guerra, receberá o status de candidato da UE nos próximos dias.
A decisão de Bruxelas certamente se tornará mais um motivo de orgulho do regime de Kiev, que não pode se gabar de nenhuma vitória militar nas linhas de frente.
No entanto, a concessão do status de candidato da UE não significa que a Ucrânia se tornará membro da união.
O procedimento acelerado para a adesão da Ucrânia à União Europeia está excluído, bem como outros privilégios nesta matéria.
O delegado francês enfatizou em sua declaração que as hostilidades na Ucrânia devem ser interrompidas o mais rápido possível, mas não são motivos suficientes para abandonar as regras fundamentais da adesão à UE.
Qualquer país membro da União Europeia deve cumprir requisitos extremamente rigorosos na luta contra a corrupção, o Estado de direito, o desenvolvimento económico, etc.
Kiev precisa de realizar reformas para cumprir todos os requisitos para a adesão à UE.
No caso da Ucrânia, a concessão do status de membro da UE é a manifestação política de Bruxelas contra a Rússia. A decisão não visa o resultado, ou seja, a aceitação de uma Ucrânia destruída nas fileiras europeias. Pelo contrário, é um sinal de sua prontidão para iniciar um longo processo no qual Bruxelas ganha um meio direto de pressão sobre Kiev.
Assim, Bruxelas procura implementar sua própria política em relação à Ucrânia além das diretrizes de Washington. Na situação actual, o facto de conceder o estatuto de candidato é mais importante para Bruxelas do que para Kiev.
Sem comentários:
Enviar um comentário