Artur Queiroz*, Luanda
Rafael Marques, o condecorado do Presidente João Lourenço, está sem combustível. Antes da condecoração estava na mesma. Deu uma entrevista ao jornal “Expresso”, o epicentro de todos os ataques a Angola livre e independente. Chamou corruptos a João Lourenço e sua esposa, Ana Dias. Disse que o seu governo era o pior do mundo. Insultou membros do Executivo. Ousou alvitrar que o Presidente da República eleito ia durar pouco tempo no cargo.
Uma condecoração e tudo o que ela tem de bem bom, atestaram de novo o depósito. O “activista” ficou manso e mudo. O Jornal de Angola escreveu em editorial que Rafael Marques era um exemplo para os jovens jornalistas. Os cofres do Estado abriram-se de par em par para o condecorado. Kamanga que chega! Tudo de bom. O problema é que estes artistas quanto mais têm, mais gastam. E o depósito ficou de novo vazio.
A situação de penúria ficou clara quando Rafael Marques chamou gatuno ao Chefe de Estado. Mas pelos vistos ninguém se aproximou para lhe atestar o depósito. Aí não esteve com meias medidas e foi à cimeira de Washington morder os calcanhares do chefe. Mas prestou-lhe mais um relevante serviço, atitando para as ruas da amargura com o sector da Justiça
Todas as generalizações são perigosas. Mas dizer ante os patrões na capital do estado terrorista mais perigoso do mundo que “o Poder Judicial é epicentro da corrupção em Angola” é um ataque descabelado. Já não é assim tão mau acusar o Presidente João Lourenço de retaliar politicamente contra inimigos pessoais.
Os traficantes de todas as
manigâncias e negócios escuros têm todo o interesse em denegrir e
descredibilizar o sector da Justiça