ASSIM COMO O 11 DE SETEMBRO? ATIVIDADE SUSPEITA NO MERCADO DE AÇÕES ISRAELENSE SUGERE CONHECIMENTO PRÉVIO DO ATAQUE DE 7 DE OUTUBRO
Kit Klarenberg* | MintPressNews | # Traduzido em português do Brasil
Um novo estudo acadêmico fez uma descoberta chocante e altamente controversa. A actividade suspeita no mercado de acções israelita nos dias anteriores à Operação Al-Aqsa Flood, em 7 de Outubro, indica que uma determinada parte tinha conhecimento prévio do ataque iminente e usou essa informação para lucrar directamente com o pânico que se seguiu.
O artigo, de autoria de Robert J. Jackson Jr. da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York e Joshua Mitts da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, conclui que, com base em um “aumento significativo” nas vendas a descoberto de empresas israelenses listadas, pessoas desconhecidas estavam cientes da operação era iminente e procurava lucrar ilicitamente. A venda a descoberto – ou a descoberto – permite que os traders apostem que uma ação terá um desempenho ruim e colherão recompensas se estiverem corretas.
A venda a descoberto é uma
prática relativamente rara em comparação com a negociação tradicional e por um
bom motivo. As perdas podem ser enormes se o mau desempenho previsto não
se concretizar, e muitos consultores de investimentos alertam contra o envolvimento nesta prática em
quaisquer circunstâncias. Surpreendentemente, porém, os académicos
descobriram que as vendas a descoberto de empresas israelitas nos dias
imediatamente anteriores a 7 de Outubro “excederam em muito as vendas a
descoberto que ocorreram durante vários outros períodos de crise, incluindo a
recessão que se seguiu à crise financeira, a guerra Israel-Gaza de 2014 e a
crise da COVID-
A dupla argumenta que esta actividade pode reflectir tentativas de agentes do Hamas de lucrar, se não financiar directamente, o seu próximo ataque, uma alegação avidamente assumida pelo jornal hebreu Haaretz. Entretanto, o jornal financeiro israelita Globes atacou o estudo , alegando “enormes erros” cometidos pelos seus autores ao sobrestimar os lucros de indivíduos que venderam a descoberto acções israelitas. A dupla citou erroneamente os retornos em agorot, uma denominação da moeda israelita, como shekels – em centavos como dólares em termos dos EUA – levando-os a inflacionar os retornos dos investidores numa magnitude de 100.
No entanto, o meio de comunicação reconheceu um “aumento consistente nos saldos comerciais a descoberto sobre ações [israelenses] antes do início da guerra”. Além disso, o governo israelita levou tão a sério as conclusões do jornal que foi lançada uma investigação oficial para apurar a verdade. Como veremos, há boas razões para acreditar que, se alguém procurou enriquecer devido ao conhecimento prévio da Operação Al-Aqsa Flood, é improvável que estivesse ligado ao Hamas.
O documento observa numerosos precedentes históricos para tal atividade, que “ocorre em lacunas na aplicação internacional e nos EUA de proibições legais ao comércio informado”. A investigação sobre “negociações lucrativas com base em informações sobre conflitos militares futuros” é um campo académico subdesenvolvido. Esta falta de supervisão e escrutínio em torno das operações a descoberto por parte dos reguladores e vigilantes ocidentais pode explicar quem lucrou desta vez e porquê.