Sapo TL - 30 de Agosto de 2012, 00:19
A 30 de Agosto de 1999, o povo timorense foi chamado às urnas para escolher o seu futuro. Timor foi reconhecido como país livre e independente pela comunidade internacional, graças ao Referendo. Passados treze anos este dia inesquecível é recordado por quem lutou e resistiu mais de 25 anos de ocupação indonésia, num dia que se tornou feriado.
De um total de 451.796 eleitores recenseados, 446.953 votaram no referendo, ou seja cerca de 98,9%. Dos votos validamente expressos, 344.580 (78,5%) optam pela independência e 94.388 (21,5 %) pela autonomia. A 4 de Setembro foram anunciados os resultados. A Indonésia nessa mesma manhã anuncia a retirada com actos violentos de destruição generalizada e deportação forçada para Timor Ocidental de cerca de 300 mil timorenses.
Os que conseguem escapar à acção das milícias refugiam-se nas montanhas. Após uma semana de destruição e morte a Indonésia aceita o apoio internacional para restabelecer a ordem e a 20 de Setembro a INTERFET (International Force for East Timor), liderada pela Austrália, entra em Timor.
Na sequência do referendo de 1999, a zona Este de Timor Leste foi separada da Indonésia e ficou sob a supervisão das Nações Unidas, antes do Estado timorense ter sido proclamado a 20 de Maio de 2002.
Em Portugal, a 8 de Setembro de 1999, o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias e a TSF lançam a iniciativa “Dia branco – Solidariedade por Timor” que consistia em cercar as principais embaixadas em Lisboa. Esta acção de mobilização teve uma enorme adesão do povo português. Imagens do cordão humano e dos três minutos de silêncio em solidariedade para com o povo Timorense foram divulgadas pelos media nacionais e internacionais. Este cordão humano de cerca de dez quilómetros passava frente às embaixadas dos Estados Unidos, França, Inglaterra, Rússia, China e sede da ONU.
Ao mesmo tempo, em Madrid, numa manifestação frente à embaixada da Indonésia uma multidão gritava “Timor vencerá” mostrando cartazes com frases como “Free East Timor”.
Actualmente, os desafios para atingir um maior desenvolvimento em Timor são uma constante. Apesar de alguns momentos de instabilidade vividos nos primeiros anos da restauração da independência, pode-se dizer que o balanço é positivo.
A procura pela Justiça, por um melhor sistema de Saúde, pelo investimento na Educação, criação de Infra-estruturas, apoio à economia, combate ao desemprego e boa Administração Pública, são áreas ainda por desenvolver.
Vários são os países que têm cooperado nesse sentido Portugal, Austrália, Brasil, entre outros. Grande tem sido a determinação dos timorenses na construção do seu futuro, em democracia e liberdade. De realçar as eleições presidenciais e legislativas que decorreram com respeito pelo pluralismo e sem grandes incidentes.
*Ver foto "VAI ESTUDAR Ó RELVAS" no título PG TIMOR-LESTE TAMBÉM MANDA MIGUEL RELVAS IR ESTUDAR
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