Presidente pede
critérios "racionais" para orçamentos de missões oficiais no exterior
21 de Setembro de
2012, 16:13
Cidade da Praia, 21
set (Lusa) - O presidente de Cabo Verde deixou hoje críticas implícitas ao
Governo, defendendo a necessidade de existirem critérios "racionais"
na elaboração de orçamentos destinados a missões oficiais dos órgãos de
soberania ao estrangeiro.
Jorge Carlos
Fonseca falava aos jornalistas para dar conta da visita, a iniciar hoje, de uma
semana aos Estados Unidos, onde, paralelamente, discursará na 67.ª Assembleia
Geral das Nações Unidas, em que será acompanhado por dois responsáveis da Presidência
e três seguranças.
A questão ganha
maior premência a partir do momento em que, disseram à agência Lusa fontes da
Presidência cabo-verdiana, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves,
viu o Tesouro disponibilizar uma verba extra para a visita oficial, em curso, a
Singapura e recusou o mesmo à comitiva de Jorge Carlos Fonseca.
"Há
condicionamentos que todos nós aceitamos, pois o país está numa fase difícil,
não há muitos meios e tem de haver um esforço de contenção de toda a gente. Mas
o que digo é que, dentro do pouco que temos, tem de haver critérios racionais,
de atuação e de equidade do ponto de vista orçamental", defendeu.
"Tenho de
presumir que uma visita do chefe de Governo a Singapura venha a traduzir-se em
mais valias para o país, sobretudo numa altura em que todos nós defendemos que
é preciso diversificar as nossas relações externas num período de crise
financeira e económica que os nossos parceiros atravessam", sustentou.
"No entanto,
entendo que, sendo eu um titular de um órgão de soberania - a Presidência não é
um departamento governamental -, deve reavaliar-se a forma como se processa a
elaboração e aprovação de um orçamento, para que não haja condicionamentos e
para que o órgão de soberania possa exercer as suas funções, até porque é para
o interesse de Cabo Verde", acrescentou
Jorge Carlos
Fonseca salientou, porém, que não se sente condicionado na sua ação, frisando
que, dentro do sistema constitucional do país, tem exercido a magistratura
presidencial de forma "autónoma, livre e independente".
O chefe de Estado
cabo-verdiano parte hoje para os Estados Unidos onde irá discursar, dia 27, na
Assembleia Geral da ONU, terá um encontro com o secretário-geral da
organização, Ban Ki-Moon, e participará numa receção oferecida pelo Presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama, aos chefes de Estado presentes na sessão.
Jorge Carlos
Fonseca, além de vários encontros com representantes da comunidade
cabo-verdiana nos Estados Unidos, terá ainda reuniões de trabalho com vários
governadores estaduais, senadores, congressistas e académicos norte-americanos.
JSD.
Embaixadora dos EUA
sente-se "muito segura" no arquipélago
21 de Setembro de
2012, 16:15
Cidade da Praia, 21
set (Lusa) - A embaixadora dos Estados Unidos na Cidade da Praia afirmou hoje
sentir-se "muito segura" em Cabo Verde, salientando que nunca sentiu
qualquer ameaça no arquipélago, ao comentar a morte de um diplomata norte-americano
na Líbia.
Adrienne O'Neil
falava aos jornalistas após ter sido recebida em audiência pelo presidente de
Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que parte hoje para uma visita de uma semana
aos Estados Unidos.
"Talvez não o
devesse dizer, mas sinto-me muito segura em Cabo Verde, sinto o povo como um
amigo e nunca senti a menor ameaça à minha pessoa", disse O'Neil.
Fontes da Segurança
cabo-verdianas disseram à Lusa que após o atentado de 11 de setembro último
contra o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, perpetrado
no consulado dos Estados Unidos em Benghazi, as autoridades da Cidade da Praia
reforçaram discretamente a segurança quer na embaixada quer na residência de
O'Neill.
JSD.
Segundo pacote de
ajuda dos Estados Uniddos em vigor até ao final do ano - embaixadora
21 de Setembro de
2012, 16:28
Cidade da Praia, 21
set (Lusa) - O segundo pacote de ajuda dos Estados Unidos a Cabo verde, no
valor de 50,9 milhões de euros, entrará em vigor até ao final deste ano,
garantiu hoje a embaixadora norte-americana na Cidade da Praia.
Adrienne O'Neill,
que foi recebida hoje pelo presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca,
indicou que os dois países estão ainda a ultimar os projetos a abranger,
lembrando que o montante em causa, no âmbito do programa Millennium Challenge
Corporation (MCC), irá para as áreas da água e saneamento e administração dos
solos.
O acordo para a
execução do II Compacto do MCC, gerido em Cabo Verde pelo Millennium Challenge
Account (MCA), foi assinado a 10 de fevereiro deste ano e prevê o desembolso,
até 2015, de 66,2 milhões de dólares (50,9 milhões de euros).
JSD.
CV Telecom nomeia
ex-candidato presidencial como novo PCA
21 de Setembro de
2012, 17:21
Cidade da Praia, 21
set (Lusa) - A Assembleia Geral da CV Telecom, participada da Portugal Telecom,
aprovou hoje a nomeação de Manuel Inocêncio de Sousa, antigo ministro e
ex-candidato presidencial, como presidente do novo Conselho de Administração,
disse à agência Lusa fonte oficial.
Segundo Socorro
Amado, diretora do Gabinete de Imagem da empresa, a reunião tinha como ponto
principal na agenda a nomeação dos novos órgãos sociais.
Os acionistas
presentes aprovaram uma proposta conjunta do Estado de Cabo Verde, Instituto
Nacional da Previdência Social (INPS) e Portugal Telecom, representantes de
81,29 por cento do capital da empresa.
Manuel Inocêncio,
60 anos, que substituiu Humberto Bettencourt dos Santos, o PCA há 12 anos que
agora se reforma, é licenciado em Engenharia Civil e mestre em Engenharia
Sanitária e é atualmente um dos três vice-presidentes do Partido Africano da
Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder desde 2001).
O novo PCA da CV
Telecom, que contará com seis vogais, foi ministro de Estado, Infraestruturas,
Transporte e Telecomunicações até 2010, altura em que abandonou o cargo para se
candidatar à Presidência da República nas presidenciais de 2011, onde perdeu, à
segunda volta, para o atual chefe de Estado, Jorge Carlos Fonseca.
No currículo, além
de deputado, Manuel Inocêncio conta também com as funções de chefe da
diplomacia cabo-verdiana, cargo que exerceu em 2001 e 2002 no primeiro Governo
de José Maria Neves, que ainda hoje está como primeiro-ministro.
Segundo a proposta
aprovada, a CV Telecom passa também a contar com Ana Isabel Gonçalves
Sequeiros, em representação da PT Ventures, como presidente da Mesa da
Assembleia Geral, enquanto Fernando Severino, também da empresa portuguesa, se
mantém como vogal no Conselho de Administração.
A 08 de junho deste
ano, o Grupo Cabo Verde Telecom (Grupo CVT) anunciou uma diminuição de 14 por
cento nos resultados em 2011, descida justificada pelo reforço do investimento,
orçado em 3.340 milhões de escudos (30,3 milhões de euros), tendo, porém,
fechado o ano com um crescimento de 2 por cento do EBITDA (Resultados
Operacionais Antes de Juros e Amortizações).
O Grupo CVT é
constituído pela CV Telecom (única empresa de telefonia fixa), a CV Móvel
(maior empresa de telefonia móvel do país) e pela CV Multimédia (Internet e TV
por assinatura).
O Grupo CVT tem
como maior acionista a Portugal Telecom, com 40 por cento das ações, seguida do
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), com 37 por cento, e da
Sonangol Cabo Verde, com 5 por cento.
JSD.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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