Polícia vai criar
unidade especializada na investigação de terrorismo e raptos
21 de Setembro de
2012, 13:23
Maputo, 21 set
(Lusa) - A polícia de Moçambique vai ter uma unidade especializada na
investigação de terrorismo e de raptos, de acordo com um projeto de
lei-orgânica da polícia a ser submetida em outubro pelo governo ao parlamento
moçambicano.
Na última sessão,
na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique aprovou o projeto de lei
sobre a nova orgânica da polícia, mas o documento carece de análise e aprovação
da Assembleia da República, que se vai reunir a partir do próximo mês.
Nos últimos meses,
cerca de 30 membros da influente comunidade islâmica moçambicana foram raptados
nas principais cidades do país, tendo sido libertadas mediante pagamento de
elevados resgates.
As autoridades
policiais apresentaram até ao momento 18 pessoas, incluindo duas mulheres,
detidas por alegado envolvimento nestes raptos.
A identificação dos
alegados mandantes de sequestros de empresários e familiares tem sido possível
graças a intervenção da Polícia Internacional (Interpol).
Recentemente, o
vice-ministro do Interior moçambicano, José Mandra, disse que a polícia enviou
agentes para a África do Sul e Ásia, para, em colaboração com a Interpol, deter
dois indivíduos indiciados de autoria moral dos raptos.
Na cidade de Maputo
e arredores, uma operação policial resultou na apreensão de elevadas somas de
dinheiro, armas, viaturas e telemóveis e na identificação de casas que serviram
supostamente de cativeiro das vítimas dos raptos.
MMT.
Futebol - Avançado
Clésio assina pelo Benfica
21 de Setembro de
2012, 15:46
Maputo, 21 set
(Lusa) - O avançado Clésio, do Ferroviário de Maputo, e melhor marcador do
campeonato moçambicano de futebol, vai jogar nos juniores do Benfica a partir
de finais de outubro, disse hoje à agência Lusa o representante do jogador,
Bruno Morgado.
Segundo Bruno
Morgado, Clésio, 17 anos, e melhor marcador da principal liga de futebol de
Moçambique, com seis golos, assinou um contrato válido por seis épocas com o
Benfica de Portugal.
O acordo com o
Benfica prevê que no próximo ano o jogador atue na equipa B das
"águias" e suba à equipa principal na época seguinte, em função da
sua prestação, uma vez que o contrato prevê uma progressão por objetivos,
acrescentou Bruno Morgado.
"É um jogador
de seleção, faz 18 anos em outubro, mas já leva oito jogos pela seleção
nacional e é um dos melhores marcadores do campeonato nacional", afirmou
Bruno Morgado.
PMA.
Crianças estudam no
Malaui devido à falta de professores em Tete
21 de Setembro de
2012, 16:21
Maputo, 21 set
(Lusa) - Vários residentes na província moçambicana de Tete (centro) afirmaram
que as crianças da região são obrigadas a atravessar a fronteira para estudar
no Malaui, devido à falta de professores na zona, foi hoje noticiado.
Os mesmos residentes
acrescentaram que os alunos da escolas de Tete têm aulas uma ou duas vezes por
semana, o que obriga os encarregados de educação a matricular os educandos em
estabelecimentos de ensino no Malaui.
De acordo com o
Diário de Moçambique, a queixa foi apresentada ao governador da província,
Alberto Vaquina, durante um comício popular.
"Os
professores negam residir cá, em Nhaphale, porque alegam que não há água e uma
vez casados, as mulheres não podem sofrer. Vendo esta situação, os pais das
crianças não encontram outra saída, acabando por matricular os filhos nas
escolas do vizinho Malaui", afirmou um residente.
Em resposta, o
governador da província de Tete manifestou preocupação com a situação, instruindo
as autoridades distritais a encontrar uma saída para o problema.
"Viver longe
não implica que se deve faltar ao trabalho. O que queremos é que os professores
cheguem a horas e lecionem", disse Alberto Vaquina.
Além da falta de
escolas ou de professores em Moçambique, o interesse no ensino em língua
inglesa também motiva os encarregados de educação a matricular os filhos nos
países vizinhos, que têm o inglês como língua oficial por terem sido colónias
pelo Reino Unido.
PMA.
Ministério das
Pescas e Greenpeace patrulham Zona Económica Exclusiva
21 de Setembro de
2012, 17:26
Maputo, 21 set
(Lusa) - O Ministério das Pescas de Moçambique anunciou hoje estar a realizar
com a ONG ambiental Greenpeace uma patrulha à atividade pesqueira na Zona
Económica Exclusiva (ZEE) moçambicana, visando a proteção do ecossistema na
área coberta pela ação conjunta.
Em comunicado
enviado à Agência Lusa em Maputo, o Ministério das Pescas de Moçambique adianta
que a iniciativa envolve a embarcação Rainbow Warrior, da Holanda, pelo lado da
Greenpeace, e Antillas Reefer, pelo lado das autoridades moçambicanas.
A patrulha da
atividade de pesca na ZEE moçambicana começou no dia 06 de setembro e termina
no próximo domingo, refere ainda o comunicado do Ministério das Pescas de
Moçambique.
A ZEE é vulnerável
à ação da criminalidade marítima, principalmente da pesca ilegal, devido à
impotência das autoridades marítimas moçambicanas em conter atividades ilícitas
nas águas territoriais nacionais.
PMA.
Renamo e 18
partidos da oposição rejeitam convite da Frelimo para congresso
21 de Setembro de
2012, 19:56
Maputo, 21 set
(Lusa) - Dezanove partidos da oposição moçambicana, incluindo a Renamo,
rejeitaram hoje um convite que, afirmam, lhes foi dirigido pela Frelimo para
participarem no seu X Congresso, alegando "marginalização e exclusão
socioeconómica resultante de acentuada intolerância política".
A partir de domingo
e até ao dia 28, a cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de
Moçambique, vai acolher o X Congresso da Frelimo (partido no poder), que irá
eleger um novo presidente do partido, nova Comissão Política e membros dos
órgãos colegiais.
Em comunicado hoje
enviado à Lusa, o grupo de 19 partidos, denominado "Os Partidos Políticos
da Oposição de Mãos Dadas", afirma ter recebido cartas-convite do líder da
Frelimo, Armando Guebuza, para assistir ao congresso, mas garante que declinou
a convocação por alegada "marginalização" nas discussões de temas de
interesse nacional.
"Os partidos
aqui em referência comunicam a Vossa Excelência (Armando Guebuza) que não vão
participar, nem vão indicar qualquer representante seu para participar no
referido Congresso, porque a distância que a Frelimo, na qualidade de
partido/governo, criou e vai cristalizando é enorme", lê-se na carta
enviada ao presidente da Frelimo.
As forças políticas
da oposição afirmam que "não haverá ambiente favorável para os partidos
participarem em eventos como o X Congresso, enquanto não houver diálogo entre a
Frelimo/Governo e os partidos da oposição, como forma de convivência pacífica e
democrática no país".
A rejeição deve-se
também à não aprovação de "uma lei eleitoral consensual, que poderá
conduzir os próximos pleitos eleitorais duma forma livre, justa e
transparente", e à "não aprovação de uma lei sobre o Estatuto da
Oposição, como forma de assegurar a participação condigna na vida do
país", refere a missiva.
Os 19 partidos da
oposição consideram que "enquanto não houver clareza no objeto da revisão
da Constituição da República, de modo a assegurar o verdadeiro Estado de
Direito, onde a separação de poderes é uma realidade" e "enquanto a
Frelimo/Governo marginalizar a participação da Oposição na negociação e
concessão de mega projetos às multinacionais, vedando, muitas vezes, a
participação do empresariado nacional" sempre recusarão este tipo de
convites.
"Enquanto a
Frelimo/Govemo continuar a excluir, de forma premeditada, da participação da
Oposição nos grandes eventos de interesse nacional, não haverá ambiente
favorável para os partidos participarem em eventos como este do X
Congresso", refere a carta assinada por Francisco Campira, secretário
executivo do grupo de partidos.
"Queremos
igualmente, por último, alertar e tornar público que, naquele congresso da
Frelimo, não gostaríamos que a nossa posição de oposição fosse profanada por
certos partidos que, ligados por motivos obscuros ao partido no poder, vezes
sem conta e sem mandato e nem legitimidade para tal, se têm apresentado, em uma
voz, como representantes da oposição moçambicana. Para esses firmamos a nossa
posição de distância com os seus discursos que nada têm de oposição",
dizem "Os Partidos Políticos da Oposição de Mãos Dadas" na nota.
A agência Lusa em
Maputo tentou obter um comentário da Frelimo sobre o assunto, até ao momento
sem qualquer resultado.
MMT.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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