segunda-feira, 1 de outubro de 2012

FOI VOCÊ QUE VOTOU NESTES POLÍTICOS LIQUIDATÁRIOS DE PORTUGAL?

 

Imagem Escolhida
 
A imagem de qualidade tem nome e o título que lhe dão no original também, chama-se We Have Kaos in the Garden – publicação online de onde retiramos de vez em quando um exemplar para a Imagem Escolhida.
 
Contata-se que em cada dia que passa mais portugueses repudiam as medidas liquidatárias deste governo de Passos-Portas-Cavaco, as razões são diversas mas vão quase todas, se não todas, dar no mesmo: a austeridade imposta já há muito que se tornou insuportável e para além dos limites do razoável. Uma austeridade cega que tem por único objetivo massacrar os pobres e a classe média portuguesa, ofertando benesses imensuráveis e imorais aos que já hoje são muitissimo ricos. A equidade saida da boca para fora do PR hipocrita Cavaco Silva em ar de exigência feneceu com a sua concordância não revelada ao se manter “desaparecido”, silencioso e encafuado no Palácio de Belém com medo das vaias com que o povo habitualmente o mimoseia. Das vaias sistemáticas aos do governo liquidatário de Portugal nem se fala por serem a rodos e merecidamente constantes.
 
Acontece que se estes nefastos protagonistas se apoderaram dos poderes e seguem estas políticas contra os que menos têm e que mais trabalham e produzem é por que foram eleitos por uns quantos. Os bastantes para serem eles e não outros a ocuparem tais cargos. A pergunta é lógica: foi você que votou neles? E por que o fez? Porque prometeram mundo e fundos, o paraíso, a justiça social, a equidade, etc., etc.? Pois. Mas ao fim de mais de trinta anos de mentiras, de usurpação, de corrupção, nepotismos e conluios será impossivel aprender que eles mentem? Não existem alternativas? Olhem que sim.
 
Será pertinente questionar se não é possivel votar diferente, nos partidos (apesar dos defeitos) fora dos do chamado “arco do poder” – por sabermos que têm sido esses partidos políticos (PS, PSD e CDS) que têm endividado Portugal e seus dirigentes (alguns) terem enriquecido desmesuradamente sem que se compreenda como tal foi e é possivel.
 
Sem mais: continuar assim significa que os portugueses vão ter um futuro de permanentes sacrificios e… a mama não acaba. (PG)
 
A MAMA NÃO ACABA
 
 
O Estado português concedeu em 2011 benefícios fiscais de quase mil milhões de euros a 40 empresas, segundo dados publicados pelo Ministério das Finanças.

No total, o Estado concedeu no ano passado benefícios fiscais em sede de IRC a perto de 11 mil empresas (10.834), num total de 1370 milhões de euros, o que representa quase um quinto do défice de 2011. Assim, 0,37% das empresas com benefícios fiscais arrecadaram 972,7 milhões de euros, o que corresponde a 71% do total concedido.

Na lista disponibilizada, destacam-se claramente duas empresas, a Livermore Lda e a Aljardi SGPS, com benefícios fiscais de respectivamente 217 milhões e 160 milhões de euros. Seguem-se a Itasant, a Broadshit Gibraltar e a Malpensa, com benefícios de respectivamente 78,3 milhões, 76,3 milhões e 48,4 milhões de euros. Estas cinco empresas recebiam estes benefícios por terem sede na Zona Franca da Madeira.

A Livermore é uma sociedade unipessoal com actividade na consultoria de serviços, segundo a informação dos directórios on-line de empresas, onde não se identifica o seu proprietário. A Aljardi é uma holding do Grupo Santander com actividade na finança e seguros.

A Itasant é uma gestora de participações sociais também unipessoal, enquanto a Malpensa e a Broadshit Gibraltar são ambas consultoras – a primeira de serviços e a segunda de projectos.

As primeiras 22 empresas da lista de beneficiários de IRC em 2011 têm na sua esmagadora maioria sede na Zona Franca da Madeira, com três excepções: PT Ventures (do grupo PT), Portucel e o Banco BPI, com benefícios de respectivamente 40,2 milhões, 27,7 milhões e 16,3 milhões. Algumas delas deixaram entretanto este centro de negócios.

Nos lugares seguintes surgem algumas grandes empresas nacionais: a Autoeuropa (23ª, com quase oito milhões), a PT (24ª, 7,9 milhões), ou Celbi (26ª, com 7,3 milhões). A Lactogal está em 33º (5,6 milhões) e o BCP em 38º (4,9 milhões).

Os 1370 milhões de euros atribuídos em benefícios fiscais às empresas representam 18,86% do défice de 7262 milhões de euros que o Estado teve no ano passado (4,2% do PIB, segundo foi comunicado a Bruxelas), conseguido apenas com recurso a uma medida extraordinária. [Publico]

Há mais algum comentário a fazer a esta noticia que a própria noticia? Chamar-lhes porcos, mamões, canalhas alivia mas não resolve. Roubam-nos, tiram-nos tudo o que levamos anos a conquistar, saúde pública, educação, justiça, transportes, reformas, direitos laborais, e sei lá que mais, atiram centenas de milhares para o desemprego e milhões para a precariedade, pobreza e miséria. Aumentam brutalmente os impostos sobre quem trabalha e dão benesses a empresas que nada produzem a não ser especulação. Beneficia-se quem se esconde na zona Franca e a banca com grandes culpas na situação a que chegámos. Uma vergonha a que a indignação começa a ser pouco. Há alternativas e estes números mostram-nas bem. Rua com esta canalha toda já.
 

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