Jornal de Notícias
O secretário-geral
do PS lamentou, esta segunda-feira, que, se for verdade que o Governo já enviou
para Bruxelas as medidas alternativas às mudanças na Taxa Social Única, tal
significa desrespeito pela concertação e que o primeiro-ministro não aprende
com os erros.
António José Seguro
falava aos jornalistas, durante uma visita a Alverca, depois de confrontado com
as declarações do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, em que
adiantou que a
Comissão Europeia já aprovou as medidas alternativas que o Governo
apresentou para compensar o recuo nas mudanças na Taxa Social Única (TSU).
O secretário-geral
do PS mostrou-se surpreendido, lamentou e criticou os métodos políticos
seguidos pelo executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
"Não conheço
nenhuma medida que tenha sido apresentada em Bruxelas, nem o país a
conhece", disse, referindo que desde 7 de setembro, quando as mudanças na
TSU foram anunciadas, nunca mais voltou a falar com o primeiro-ministro sobre
esse assunto.
Questionado se o
Governo enviou as propostas de substituição da TSU para Bruxelas, sem antes
consultar o PS, António José Seguro deixou o seguinte comentário aos
jornalistas: "Estão a dar-me uma notícia".
"Já houve
alguma proposta que foi enviada para Bruxelas? Enfim, se é verdade estão a
dar-me uma notícia. Lamento. Desconheço essa proposta, mas quanto à postura e ao
procedimento, significa que o primeiro-ministro não aprende com os erros que
comete", afirmou.
Para o
secretário-geral do PS, caso se confirme que as propostas já foram enviadas
pelo Governo para Bruxelas, sem informação prévia a nível nacional, "tal
significa que se trata de um primeiro-ministro distante dos portugueses e que
vive longe da realidade".
"Numa altura
em que é preciso envolver os portugueses e a confirmar-se essa decisão, o
primeiro-ministro enviou para Bruxelas sem qualquer tipo de concertação",
insistiu.
Nas declarações que
fez aos jornalistas, o líder socialista voltou a defender a tese de que, no
plano orçamental, não se está perante verdadeiras propostas alternativas para
substituir as mudanças ao nível da TSU.
"Não há
medidas alternativas à TSU, porque o impacto da TSU no Orçamento do Estado para
2013 é mínimo. Aconteceu foi que o Governo foi forçado a fazer marcha atrás
relativamente à sua proposta, que era imoral e indigna", sustentou.
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