Nova Iorque, 02 out
(Lusa) - A missão da ONU em Timor-Leste foi "cumprida", tornando-se
num "caso de sucesso" entre as operações de manutenção de paz,
defendeu na Assembleia Geral o embaixador de Portugal na ONU.
"Timor-Leste é
um exemplo de sucesso graças, em primeiro lugar, aos próprios timorenses, mas
também devido ao apoio eficiente das Nações Unidas", disse o diplomata,
Moraes Cabral, na intervenção de Portugal no debate da 67ª Assembleia Geral da
ONU.
A Missão Integrada
da ONU (UNMIT), vai concluir o mandato no final do ano, com sentido de dever
"cumprido", após a realização bem sucedida de eleições presidenciais
e legislativas, abrindo um novo ciclo de cooperação entre a comunidade
internacional e o país, "em linha com as prioridades definidas pelo governo",
disse o embaixador português.
O ministro dos
Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse sábado à
agência Lusa que o país quer sair o mais rápido possível da agenda do Conselho
de Segurança, que dá uma imagem de instabilidade ao país.
"Não queremos
mais que Timor-leste seja inscrito na agenda do Conselho de Segurança, esse é
ponto base da nossa posição", disse o ministro, na conclusão da
participação timorense no debate anual da Assembleia Geral da ONU.
O primeiro ministro
timorense, Xanana Gusmão disse este mês que o país pretende ter uma relação
inovadora com as Nações Unidas após o fim do mandato da UNMIT, previsto para 31
de dezembro, excluindo a presença de qualquer tipo de missão daquela
organização no país depois dessa data.
Na sua intervenção
na Assembleia Geral, terça feira, exprimiu a "gratidão" do povo de
Timor-Leste pelo apoio da comunidade internacional à construção do Estado
timorense, sublinhando que o país está agora "pronto para liderar" o
seu próprio desenvolvimento.
Perante as provas
de "maturidade" do povo timorense, depositando "confiança nos
lideres eleitos e instituições estatais", "mais do que nunca" o
país está "pronto para liderar" o processo de desenvolvimento.
Na Assembleia
Geral, Moraes Cabral sublinhou ainda o trabalho da CPLP na "defesa de
valores universais, através do multilateralismo ativo" e na promoção da
língua portuguesa, com perto de 250 milhões de falantes.
Com este fim,
adiantou, os oito países lusófonos "continuam a trabalhar juntos"
para que o português seja reconhecido como língua oficial de trabalho na ONU.
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