CMP – CC - Lusa
A inspetora-geral
da Administração Interna disse hoje que a carga policial a 14 de novembro junto
à Assembleia da República foi adequada, mas foi aberto um processo de acompanhamento
sobre a intervenção da polícia após os confrontos.
“O que se passou em
frente à Assembleia da República foi uma situação perfeitamente proporcional e
adequada”, disse aos jornalistas Margarida Blasco.
A responsável pela
Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) adiantou que a PSP atuou “em
conformidade com as normas e procedimentos”, tendo feito os avisos para os
manifestantes dispersarem, depois de um grupo de pessoas estar, mais de uma
hora, a arremessar pedras e a destruir o património público.
No entanto, IGAI
tem dúvidas sobre o que se passou a seguir à carga policial, nomeadamente à
forma como foram feitas as detenções, tendo, por isso, aberto um processo de
acompanhamento formal.
“Estamos a
acompanhar, como é óbvio. É nosso dever. Há um processo de acompanhamento
formal", disse Margarida Blasco, acrescentando que a IGAI está "à
espera, nos termos da circular da Procuradoria-Geral da República, que sejam
indicadas quais foram as situações que podem constituir alguma irregularidade”.
A inspetora disse
ainda que a IGAI não recebeu queixas sobre a atuação policial, tendo apenas
recebido “opiniões do que se passou no geral”.
Quanto à polémica
das imagens que envolveu a PSP e a RTP, Margarida Blasco referiu que está fora
das suas competências.
A 14 de novembro,
dia da greve geral e após uma manifestação da CGTP, dezenas de manifestantes
atiraram pedras a polícia durante mais de uma hora e esta respondeu com uma
carga policial.
Dos confrontos
resultaram nove detidos, 21 pessoas identificadas e 48 feridos, dos quais 21
elementos da PSP.
Margarida Blasco
falava à margem da cerimónia de tomada de posse do diretor do Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
1 comentário:
É melhor verem aqui no blogue do Dr. Garcia Pereira, quem foram as pessoas que atiraram pedras à polícia e se as filmagens foram ou não legais. Ele tem a resposta e escrita:
"Conforme o referido no Ofício nº 26662, de 3/12, acabado de receber da Comissão Nacional de Protecção de Dados (ver imagem no final), não foi recebido naquela Comissão, por parte da PSP ou de outras Polícias ou Serviços Públicos, qualquer pedido de autorização ou de parecer relativamente à filmagem da manifestação/concentração do passado dia 14 de Novembro em Lisboa.
O que confirma a inteira e ostensiva ilegalidade das filmagens consecutivamente efectuadas pela Polícia na referida manifestação e concentração e a completa e inadmissível ilicitude dos ficheiros e/ou bancos de dados que com elas se pretende constituir.
Impõe-se, por isso, mais do que nunca saber quem ordenou, quem executou e quem utilizou, onde e para quê, tais imagens assim ilicitamente obtidas e promover o adequado procedimento contra os responsáveis por este grave crime público."
As imagens são esclarecedoras:
http://bloggarciapereira.blogspot.pt/
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