quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

IGAI abriu processo sobre intervenção da PSP após carga policial de 14 de novembro

 

CMP – CC - Lusa
 
A inspetora-geral da Administração Interna disse hoje que a carga policial a 14 de novembro junto à Assembleia da República foi adequada, mas foi aberto um processo de acompanhamento sobre a intervenção da polícia após os confrontos.
 
“O que se passou em frente à Assembleia da República foi uma situação perfeitamente proporcional e adequada”, disse aos jornalistas Margarida Blasco.
 
A responsável pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) adiantou que a PSP atuou “em conformidade com as normas e procedimentos”, tendo feito os avisos para os manifestantes dispersarem, depois de um grupo de pessoas estar, mais de uma hora, a arremessar pedras e a destruir o património público.
 
No entanto, IGAI tem dúvidas sobre o que se passou a seguir à carga policial, nomeadamente à forma como foram feitas as detenções, tendo, por isso, aberto um processo de acompanhamento formal.
 
“Estamos a acompanhar, como é óbvio. É nosso dever. Há um processo de acompanhamento formal", disse Margarida Blasco, acrescentando que a IGAI está "à espera, nos termos da circular da Procuradoria-Geral da República, que sejam indicadas quais foram as situações que podem constituir alguma irregularidade”.
 
A inspetora disse ainda que a IGAI não recebeu queixas sobre a atuação policial, tendo apenas recebido “opiniões do que se passou no geral”.
 
Quanto à polémica das imagens que envolveu a PSP e a RTP, Margarida Blasco referiu que está fora das suas competências.
 
A 14 de novembro, dia da greve geral e após uma manifestação da CGTP, dezenas de manifestantes atiraram pedras a polícia durante mais de uma hora e esta respondeu com uma carga policial.
 
Dos confrontos resultaram nove detidos, 21 pessoas identificadas e 48 feridos, dos quais 21 elementos da PSP.
 
Margarida Blasco falava à margem da cerimónia de tomada de posse do diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
 

1 comentário:

Fada do bosque disse...

É melhor verem aqui no blogue do Dr. Garcia Pereira, quem foram as pessoas que atiraram pedras à polícia e se as filmagens foram ou não legais. Ele tem a resposta e escrita:

"Conforme o referido no Ofício nº 26662, de 3/12, acabado de receber da Comissão Nacional de Protecção de Dados (ver imagem no final), não foi recebido naquela Comissão, por parte da PSP ou de outras Polícias ou Serviços Públicos, qualquer pedido de autorização ou de parecer relativamente à filmagem da manifestação/concentração do passado dia 14 de Novembro em Lisboa.

O que confirma a inteira e ostensiva ilegalidade das filmagens consecutivamente efectuadas pela Polícia na referida manifestação e concentração e a completa e inadmissível ilicitude dos ficheiros e/ou bancos de dados que com elas se pretende constituir.

Impõe-se, por isso, mais do que nunca saber quem ordenou, quem executou e quem utilizou, onde e para quê, tais imagens assim ilicitamente obtidas e promover o adequado procedimento contra os responsáveis por este grave crime público."

As imagens são esclarecedoras:

http://bloggarciapereira.blogspot.pt/

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