A Semana (cv)
Uma missão de
representantes de várias organizações internacionais vai estar na Guiné-Bissau
a partir deste domingo, 16, até ao próximo dia 21 para se inteirar da situação
do país, disse Ovídeo Pequeno, representante da União Africana (UA) na
Guiné-Bissau.
O representante
permanente da UA na capital guineense falava aos jornalistas à saída de uma
audiência com o procurador-geral da Guiné-Bissau, Abdu Mané, a quem foi
informar da chegada e dos objectivos da missão. De acordo com o diplomata, a
missão, liderada pela União Africana, será integrada por representantes da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade Económica dos Estados
da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia e Nações Unidas.
Ovídeo Pequeno
explica que a decisão de deslocar uma missão à Guiné-Bissau foi tomada em
Adis-Abeba, sede da UA. "A missão vem ver com as autoridades de transição,
a sociedade civil e os movimentos sociais do país as possibilidades de se ter
uma dinâmica local sobre aquilo que se está a passar e apresentar recomendações
que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade
internacional", defendeu.
Questionado se
abordou com o Procurador-Geral sobre as alegadas denúncias de abusos dos
direitos humanos, que têm sido referidas pela comunidade internacional, o
diplomata negou. "A minha visita era para conhecer o PGR e também
falar-lhe da missão", vincou Ovídeo Pequeno, rejeitando qualquer comentário
à situação actual do país. "Não me compete fazer uma análise da situação
da Guiné-Bissau. Estamos a preparar a vinda da missão, depois quando ela chegar
vai fazer a análise política daquilo que se está a passar", sublinhou o
representante da UA em Bissau.
A Guiné-Bissau é
governada há oito meses por um governo e um Presidente de transição, designados
na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril. Com excepção da CEDEAO, a
comunidade internacional recusou reconhecer as novas autoridades.
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