Enquanto os
portugueses passam fome e todo o tipo de carências inadmissíveis, enquanto os
grupos de interesse que se apossaram dos poderes chafurdam na abastança, os
fundamentalistas Passos Coelho e Vítor Gaspar prosseguem na senda confessada de
empobrecer e destruir sistematicamente Portugal e os portugueses. Entidades e
organismos reputados de reconhecidas competências assim deixam perceber. Agora até a ONU.
Em Portugal não devem
estranhar que Passos e Gaspar se comportem deste modo – o fundamentalismo
revelado já há muito os denunciou – nem é de estranhar que Cavaco Silva, na
qualidade de pior PR alguma vez existente, siga os versículos e ações da nefasta
dupla mesmo que por vezes diga umas quantas palavras enganosas tão ao seu jeito
sinuoso. O que os portugueses devem admirar-se é com a sua própria complacência perante
a evidência das políticas praticadas por uma trupe que os destrói e que consequentemente destrói o país,
inclusive vendendo a preços de saldo as mais-valias da Pátria Lusa.
Por este andar o futuro é negro,
ainda muito mais do que já o é no presente, se nada for feito para que Portugal
retome os caminhos da sensatez e dos comprovados conhecimentos e opiniões de todos
os sábios - excepto de Cavaco, Gaspar, Passos Coelho e suas côrtes. (Redação PG)
Nações Unidas
propõem renegociação da dívida portuguesa
Anabela Campos e
Jorge Nascimento Rodrigues - Expresso
Uma equipa de sete
economistas do PNUD, coordenada pelo português Artur Baptista da Silva,
apresenta três pontos para uma negociação com a troika da dívida portuguesa. O
ganho rondaria 10,3 mil milhões.
"Se Portugal não o fizer já, terá de o fazer daqui a seis meses, de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na
edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações
Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia"
da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os
riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem
distinta de outras propostas de renegociação da dívida - como a de Miguel
Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do
ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe
uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada
daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas
dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois
pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor
poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.
Artur Baptista da
Silva será encarregado pela ONU para dirigir o Observatório Económico e Social
das Nações Unidas que se instalará em Portugal por dois anos. O relatório será
divulgado no próximo ano.
A poupança de 10,3
mil milhões de euros daria para cobrir um défice orçamental de 4,5% e ainda
deixaria de saldo cerca de 2,3 mil milhões de euros, que poderiam ser aplicados
à devolução de um dos subsídios retirados aos funcionários públicos e aos
pensionistas e ao reforço do fundo de emergência social.
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