Jornal i - Lusa
Os portugueses
estão entre os europeus com menos confiança na Justiça e em instituições
políticas, como a Assembleia da República ou a polícia, uma postura que tem
vindo a acentuar-se nos últimos anos, concluiu um estudo.
Com base em dados
do European Social Survey, realizado em 26 países e que é conduzido em Portugal
pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto
Superior das Ciências do Trabalho e Empresa(ISCTE), os investigadores referem
que Portugal está entre aqueles "cujos cidadãos revelam menor confiança
nas instituições, nomeadamente no sistema jurídico".
Os resultados mostram
ainda que, "nos últimos anos, se verifica a tendência para uma redução
ainda maior na confiança institucional em Portugal", nomeadamente entre
2004/2005 e 2010/2011.
As conclusões do
estudo a que a agência Lusa teve acesso referem ainda que "a percepção de
eficácia é muito importante, mas a confiança tem também por base a percepção de
que os tribunais respeitam princípios de justiça" nos seus procedimentos.
No conjunto de 27
países, Portugal está entre os cinco países com menos confiança na Justiça e somente
11 Estados apresentam confiança nos respetivos sistemas jurídicos. Destes,
apenas cinco confiam nas restantes instituições (Suíça, Finlândia, Holanda,
Noruega e Suécia).
O estudo realiza
uma comparação entre as respostas obtidas em cinco países (Portugal, Polónia,
Hungria, Reino Unido e Alemanha), um trabalho que "torna particularmente
claro que Portugal se destaca como o país cujos cidadãos manifestam menor
confiança no sistema jurídico".
Enquanto 49,7% dos
portugueses refere ter confiança baixa no sistema jurídico, na Alemanha a
percentagem é de 19,5%. A Polónia é o país que mais se aproxima de Portugal,
com 38,7%.
Quanto à eficácia
dos tribunais, "Portugal apresenta um valor mais baixo do que os
restantes" quatro países, sendo, aliás, o único com valor negativo.
Portugal volta a
registar os valores mais baixos no grupo de cinco países, quando o assunto é a
legalidade da ação dos tribunais. "Em Portugal, Polónia e Hungria, essa
perceção está mesmo abaixo do ponto médio da escala", aponta o estudo.
O trabalho também
analisou o sentimento de obediência às decisões dos tribunais e todos os países
registam valores "claramente" acima da média da escala.
"De um modo
geral, as pessoas consideram que existe um dever de obediência às decisões dos
tribunais, porém, estes valores tendem a ser mais baixos em países com uma
tradição democrática mais longa", refere o documento.
Os dados sobre
“confiança na justiça” foram recolhidos no European Social Survey 2010/2011,
relativos a 26 países e envolvendo mais de 50.000 inquiridos. Os resultados
deste trabalho serão divulgados na quinta-feira, durante um seminário a
decorrer em Lisboa.
Os portugueses
estão entre os europeus com menos confiança na Justiça e em instituições
políticas, como a Assembleia da República ou a polícia, uma postura que tem
vindo a acentuar-se nos últimos anos, concluiu um estudo.
Com base em dados
do European Social Survey, realizado em 26 países e que é conduzido em Portugal
pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto
Superior das Ciências do Trabalho e Empresa(ISCTE), os investigadores referem
que Portugal está entre aqueles "cujos cidadãos revelam menor confiança
nas instituições, nomeadamente no sistema jurídico".
Os resultados
mostram ainda que, "nos últimos anos, se verifica a tendência para uma
redução ainda maior na confiança institucional em Portugal", nomeadamente
entre 2004/2005 e 2010/2011.
As conclusões do
estudo a que a agência Lusa teve acesso referem ainda que "a percepção de
eficácia é muito importante, mas a confiança tem também por base a percepção de
que os tribunais respeitam princípios de justiça" nos seus procedimentos.
No conjunto de 27
países, Portugal está entre os cinco países com menos confiança na Justiça e
somente 11 Estados apresentam confiança nos respetivos sistemas jurídicos.
Destes, apenas cinco confiam nas restantes instituições (Suíça, Finlândia,
Holanda, Noruega e Suécia).
O estudo realiza
uma comparação entre as respostas obtidas em cinco países (Portugal, Polónia,
Hungria, Reino Unido e Alemanha), um trabalho que "torna particularmente
claro que Portugal se destaca como o país cujos cidadãos manifestam menor
confiança no sistema jurídico".
Enquanto 49,7% dos
portugueses refere ter confiança baixa no sistema jurídico, na Alemanha a
percentagem é de 19,5%. A Polónia é o país que mais se aproxima de Portugal,
com 38,7%.
Quanto à eficácia
dos tribunais, "Portugal apresenta um valor mais baixo do que os restantes"
quatro países, sendo, aliás, o único com valor negativo.
Portugal volta a
registar os valores mais baixos no grupo de cinco países, quando o assunto é a
legalidade da ação dos tribunais. "Em Portugal, Polónia e Hungria, essa
perceção está mesmo abaixo do ponto médio da escala", aponta o estudo.
O trabalho também
analisou o sentimento de obediência às decisões dos tribunais e todos os países
registam valores "claramente" acima da média da escala.
"De um modo
geral, as pessoas consideram que existe um dever de obediência às decisões dos
tribunais, porém, estes valores tendem a ser mais baixos em países com uma
tradição democrática mais longa", refere o documento.
Os dados sobre
“confiança na justiça” foram recolhidos no European Social Survey 2010/2011,
relativos a 26 países e envolvendo mais de 50.000 inquiridos. Os resultados
deste trabalho serão divulgados na quinta-feira, durante um seminário a
decorrer em Lisboa.
Os portugueses
estão entre os europeus com menos confiança na Justiça e em instituições
políticas, como a Assembleia da República ou a polícia, uma postura que tem
vindo a acentuar-se nos últimos anos, concluiu um estudo.
Com base em dados
do European Social Survey, realizado em 26 países e que é conduzido em Portugal
pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto
Superior das Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE), os investigadores referem
que Portugal está entre aqueles "cujos cidadãos revelam menor confiança
nas instituições, nomeadamente no sistema jurídico".
Os resultados
mostram ainda que, "nos últimos anos, se verifica a tendência para uma
redução ainda maior na confiança institucional em Portugal", nomeadamente
entre 2004/2005 e 2010/2011.
As conclusões do
estudo a que a agência Lusa teve acesso referem ainda que "a percepção de
eficácia é muito importante, mas a confiança tem também por base a percepção de
que os tribunais respeitam princípios de justiça" nos seus procedimentos.
No conjunto de 27
países, Portugal está entre os cinco países com menos confiança na Justiça e
somente 11 Estados apresentam confiança nos respetivos sistemas jurídicos.
Destes, apenas cinco confiam nas restantes instituições (Suíça, Finlândia,
Holanda, Noruega e Suécia).
O estudo realiza
uma comparação entre as respostas obtidas em cinco países (Portugal, Polónia,
Hungria, Reino Unido e Alemanha), um trabalho que "torna particularmente
claro que Portugal se destaca como o país cujos cidadãos manifestam menor
confiança no sistema jurídico".
Enquanto 49,7% dos
portugueses refere ter confiança baixa no sistema jurídico, na Alemanha a
percentagem é de 19,5%. A Polónia é o país que mais se aproxima de Portugal,
com 38,7%.
Quanto à eficácia
dos tribunais, "Portugal apresenta um valor mais baixo do que os
restantes" quatro países, sendo, aliás, o único com valor negativo.
Portugal volta a
registar os valores mais baixos no grupo de cinco países, quando o assunto é a
legalidade da ação dos tribunais. "Em Portugal, Polónia e Hungria, essa
perceção está mesmo abaixo do ponto médio da escala", aponta o estudo.
O trabalho também
analisou o sentimento de obediência às decisões dos tribunais e todos os países
registam valores "claramente" acima da média da escala.
"De um modo
geral, as pessoas consideram que existe um dever de obediência às decisões dos
tribunais, porém, estes valores tendem a ser mais baixos em países com uma
tradição democrática mais longa", refere o documento.
Os dados sobre
“confiança na justiça” foram recolhidos no European Social Survey 2010/2011,
relativos a 26 países e envolvendo mais de 50.000 inquiridos. Os resultados
deste trabalho serão divulgados na quinta-feira, durante um seminário a
decorrer em Lisboa.
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