Caracas, 16 abr
(Prensa Latina) Grupos de direita atacaram centros de saúde, mercados
Bicentenário, restaurantes populares e veículos do sistema público no estado
venezuelano de Anzoátegui, nordeste do país, denunciou hoje o governador dessa
demarcação, Aristóbulo Istúriz.
Em entrevista à
Venezuelana de Televisão, Istúriz opinou que estas ações -ocorridas entre ontem
à noite e a madrugada de hoje- remontam o panorama de abril de 2002, quando a
direita deu um golpe de Estado contra o falecido presidente Hugo Chávez.
Na cidade de Barcelona, o governador informou também que esses grupos
extremistas queimaram uma sede do Partido Socialista Unido da Venezuela.
Segundo Istúriz, estas ações -e outras similares no resto do país- são parte de
um plano de não reconhecimento dos resultados eleitorais, que estava
arquitetado há tempo.
Indicou que a solicitação do opositor Henrique Capriles para a revisão do total
de votos emitidos nas recentes eleições presidenciais constitui um argumento
para manter a desestabilização e, provavelmente, para justificar uma
intervenção estrangeira.
Em tal contexto, o governador fez um chamado ao povo para concentrar-se nas
praças Bolívar de cada cidade, com o objetivo de garantir a paz e preservar o
legado de Chávez.
Sem cair em provocações, mas sem permitir atropelos, assinalou Istúriz.
Ontem, as autoridades venezuelanas conformaram um Comando Antigolpe, integrado
pelo presidente Maduro, chefes militares, policiais e políticos do país.
O ministro de Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, advertiu que esta é
uma situação verdadeiramente lamentável, que não tem nada a ver com a
disposição democrática do povo venezuelano.
rc/jam/es
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