sábado, 15 de junho de 2013

MILHARES DE PROFESSORES “INVADEM” LISBOA, PAIS PEDEM SUSPENSÃO DE EXAMES



Manifestação junta milhares de professores na rua


Protesto em Lisboa contra medidas do Governo

Milhares de professores desfilam este sábado da Praça do Marquês de Pombal para os Restauradores, em Lisboa, numa marcha de protesto contra a medidas do Governo. Na primeira linha do protesto estão os responsáveis dos dois maiores sindicatos de professores, Mário Nogueira, da Fenprof, e João Dias da Silva, da FNE.

Presentes na manifestação está Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e políticos que se opõem ao aumento da carga horária e mobilidade especial dos professores, como o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo.

Professores de todo o país juntaram-se neste protesto com faixas onde pode ler-se, por exemplo, «Nós também temos filhos» em outra está escrito «Lutamos pelo futuro dos nosso filhos e alunos», havendo bandeiras pretas com as palavras «Professores em luta». 

Pais pedem ao ministro da Educação suspensão imediata dos exames

TVI24

«Pensamos que esta decisão é a decisão mais democrática», defende a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) apelou este sábado ao ministro Nuno Crato para suspender de imediato os exames do Ensino Secundário marcados para segunda-feira, devido à greve dos professores.

«Pensamos que esta decisão é a decisão mais democrática e que põe todos os alunos em igualdade de circunstâncias», disse à agência Lusa o dirigente da CNIPE Rui Martins.

Os pais alegam que não existem condições para que todos os alunos realizem o exame com normalidade.

«Como pais, aquilo que temos verificado é que não houve consenso, nem chegaram a conclusão. Há, de facto, aqui extremos por parte do ministério e dos sindicatos», afirmou.

A CNIPE pede, assim, ao ministério, «democraticamente», que suspenda a data de segunda-feira, de modo a que todos os alunos façam o exame noutro dia.

«Seria a melhor decisão, suspender esta data», referiu.

Nuno Crato disse na sexta-feira que só na segunda-feira o ministério terá uma resposta para dar aos alunos que eventualmente não consigam fazer os exames nacionais devido à paralisação.

Os exames nacionais do Ensino Secundário, determinantes para o acesso dos alunos ao Ensino Superior, iniciam-se na segunda-feira, decorrendo a primeira fase até 26 de junho.

Para segunda-feira estão marcados exames de Português e de Latim.

Milhares de professores são esperados este sábado pelos sindicatos para uma manifestação em Lisboa, com concentração marcada para as 15:00 na rotunda do Marquês de Pombal, seguida de desfile pela Avenida da Liberdade, contras as políticas do Governo.

A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.

Houve intervenção direta de Cavaco Silva e Passos Coelho

Segundo o jornal «Expresso», Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva tiveram uma intervenção directa em busca do diálogo. 

O semanário avança ainda que no Conselho de Ministros da última quinta-feira alguns membros do Executivo defenderam o adiamento dos exames. 

Segundo o «Expresso», para além do primeiro-ministro e do Presidente da República, a maioria dos ministros defendeu ser necessário explorar todas as hipóteses para evitar pôr em causa os exames.

Paulo Portas, também terá tido uma intervenção directa, mas esta manhã, de visita à feira da agricultura em Santarém, recusou se a falar do assunto que está a marcar a atualidade.

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