Manifestação junta
milhares de professores na rua
Protesto em Lisboa
contra medidas do Governo
Milhares de
professores desfilam este sábado da Praça do Marquês de Pombal para os
Restauradores, em Lisboa, numa marcha de protesto contra a medidas do Governo.
Na primeira linha do protesto estão os responsáveis dos dois maiores sindicatos
de professores, Mário Nogueira, da Fenprof, e João Dias da Silva, da FNE.
Presentes na manifestação está Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e
políticos que se opõem ao aumento da carga horária e mobilidade especial dos
professores, como o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo.
Professores de todo o país juntaram-se neste protesto com faixas onde pode
ler-se, por exemplo, «Nós também temos filhos» em outra está escrito «Lutamos
pelo futuro dos nosso filhos e alunos», havendo bandeiras pretas com as
palavras «Professores em luta».
Pais pedem ao
ministro da Educação suspensão imediata dos exames
TVI24
«Pensamos que esta
decisão é a decisão mais democrática», defende a Confederação Nacional
Independente de Pais e Encarregados de Educação
A Confederação
Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) apelou este
sábado ao ministro Nuno Crato para suspender de imediato os exames do Ensino
Secundário marcados para
segunda-feira, devido à greve dos professores.
«Pensamos que esta decisão é a decisão mais democrática e que põe todos os
alunos em igualdade de circunstâncias», disse à agência Lusa o dirigente da
CNIPE Rui Martins.
Os pais alegam que não existem condições para que todos os alunos realizem o
exame com normalidade.
«Como pais, aquilo que temos verificado é que não houve consenso, nem chegaram
a conclusão. Há, de facto, aqui extremos por parte do ministério e dos
sindicatos», afirmou.
A CNIPE pede, assim, ao ministério, «democraticamente», que suspenda a data de
segunda-feira, de modo a que todos os alunos façam o exame noutro dia.
«Seria a melhor decisão, suspender esta data», referiu.
Nuno Crato disse na sexta-feira que só na segunda-feira o ministério terá uma
resposta para dar aos alunos que eventualmente não consigam fazer os exames
nacionais devido à paralisação.
Os exames nacionais do Ensino Secundário, determinantes para o acesso dos
alunos ao Ensino Superior, iniciam-se na segunda-feira, decorrendo a primeira
fase até 26 de junho.
Para segunda-feira estão marcados exames de Português e de Latim.
Milhares
de professores são esperados este sábado pelos sindicatos para uma
manifestação em Lisboa, com concentração marcada para as 15:00 na rotunda do
Marquês de Pombal, seguida de desfile pela Avenida da Liberdade, contras as
políticas do Governo.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a
que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40
horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.
Houve intervenção direta de Cavaco Silva e Passos Coelho
Segundo o jornal «Expresso», Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva tiveram uma
intervenção directa em busca do diálogo.
O semanário avança ainda que no Conselho de Ministros da última quinta-feira
alguns membros do Executivo defenderam o adiamento dos exames.
Segundo o «Expresso», para além do primeiro-ministro e do Presidente da
República, a maioria dos ministros defendeu ser necessário explorar todas as
hipóteses para evitar pôr em causa os exames.
Paulo Portas, também terá tido uma intervenção directa, mas esta manhã, de
visita à feira da agricultura em Santarém, recusou se a falar do assunto que
está a marcar a atualidade.
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