O governo
são-tomense vai iniciar na próxima semana o pagamento de três dos vários meses
em atraso da bolsa dos estudantes são-tomenses no estrangeiro, disse hoje o
ministro da educação, cultura e formação.
"Esforços
estão a ser feitos, todos nós sabemos da situação de debilidade financeira do
país mas o governo tem multiplicado esforços e imaginação para que muito
brevemente o pagamento possa acontecer", disse Jorge Bom Jesus.
"Ainda ontem,
em Conselho de Ministros, voltei a colocar o problema e tudo aponta para que na
próxima semana nós consigamos resolver essa questão que não é só de estudantes
em Angola. Nós temos gritos que chegam de Moçambique, Cabo Verde, Brasil,
Portugal, um pouco por todo o lado", acrescentou o ministro.
O governante
explica que "os recursos são parcos, a demanda é grande", mesmo assim
"há uma pressão enorme para mais estudantes saírem, mas o que nós temos
estado a dizer é que é preciso inverter essa situação".
Uma solução,
segundo Jorge Bom Jesus é criar condições internas "pelo menos para a
formação inicial e depois ser complementada no exterior".
O governo quer
dessa forma diminuir os custos e inverter situação de "grande pressão
sobre o erário público".
"O país não
consegue dar resposta a tanta demanda e a tanta quantidade de estudantes que
nós temos fora, mas os compromissos são para cumprir". Garantiu o titular
da educação.
Um grupo de 31
estudantes bolseiros são-tomenses em Angola, há 14 meses sem os seus subsídios,
apelou hoje às autoridades governamentais do seu país para resolverem a sua
situação sob pena de perderem o ano letivo.
Em declarações hoje
à agência Lusa, o presidente da Associação de Estudantes Santomenses em Angola,
Clarilder Ceita, disse que o pedido de solução do problema já foi duas vezes
apresentado ao Governo de São Tomé e Príncipe, tendo a última carta sido
enviada em julho passado.
O valor mensal da
bolsa é de 250 dólares (cerca de 180 euros), o que o líder da associação de
estudantes são-tomenses considera irrisório, tendo em conta que Luanda é
considerada a cidade mais cara do mundo.
MYB // PJA - Lusa
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