O antigo ministro
das Finanças, Medina Carreira, afirmou à antena da TVI24 que se Portugal não
atingir os objectivos do défice, o resultado poderá ser a saída da Euro.
“O ‘plano B’ é
sermos escorraçados do euro. (…) Há uma corrente de opinião que defende essa
solução”, afirmou o antigo responsável pela pasta das Finanças, Medina
Carreira, que falava no espaço ‘Olhos nos Olhos’ da TVI24.
Mesmo não podendo
fechar os olhos a essa possibilidade, o ex-ministro sublinha, no entanto, a
necessidade premente de “’bicar’ a Merkel e os outros ‘donos’ da Europa para
eles reverem as condições da integração”, salientando que Portugal precisa ser
mais firme no diálogo com os mesmos.
“Temos que tentar
negociar um prazo mais longo para fazer as coisas de forma organizada”,
declarou o comentador.
Medina Carreira faz
ainda a ressalva de que 2010, ano da “intervenção estrangeira em Portugal”, é
onde está o pico da despesa pública, atingindo o patamar de 89 mil milhões de
euros.
Sobre o facto de
Portugal ter chegado à condição económica em que se encontra, o comentador, que
fez uma análise detalhada sobre a dívida pública na sua intervenção, acredita
que a “despesa cresceu a um ritmo que não era compatível com o crescimento da
nossa economia” e foca-se nas prestações sociais como o grande causador do
aumento desta mesma despesa: “em grande parte, a nossa pré-falência foi devida
à política social descontrolada”.
1 comentário:
O Plano B é sair do euro de forma muito programada que se tentara negociar com apoio da UE ou que se sai de forma soberana, mas sempre muito planeada, com caléndários de acção de 6 meses durante 2 anos, com vários dispositivos de alerta para mitigar os riscos de pânico e de desordem.
Sermos escorraçados do euro é um plano D, só poderia acontecer num estado que se sente falhado e é de facto falhado.
O Plano C, bem mais provável que o D é a IMPLOSÃO DO EURO, um cenário muito mais catastrófico. E que deveremos ter muito bem programado. Porque a seguir à queda do euro muitas nações invocarão todas as razões de estado para sevícias civis e denúncia de acordos e tratados internacionais e quantas outros inimagináveis casos de excepção.
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