segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Moçambique: RENAMO PREPARAVA INVESTIDA QUANDO BASE DE MARINGUÉ FOI TOMADA

 


A Renamo, principal partido da oposição, estava a preparar "uma investida" quando o Exército de Moçambique atacou e tomou a base de Maríngué, na província de Sofala, anunciaram hoje as autoridades moçambicanas.
 
Confirmando a tomada da base, há uma semana nas mãos da Renamo, o diretor nacional adjunto da Política Nacional de Defesa comunicou, em conferência de imprensa, que "houve uma troca de tiros, seguida de uma perseguição até à base da Renamo em Maríngué, que foi desmantelada".
 
Manuel Mazuze adiantou que o Exército não sofreu baixas durante os confrontos, desconhecendo também a existência de vítimas entre a Renamo. "Sabemos que é hábito da Renamo arrastar os seus homens quando tombam", disse apenas, acrescentando que o Exército continua no local a desativar a base, situada no centro do país.
 
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique assaltaram a base no quadro da operação contra a Renamo que vinham realizando desde sábado, acabando por conquistar o antigo quartel-general da Renamo, onde homens armados alegadamente provocavam incidentes na principal estrada do país.
 
O diretor nacional da Política Nacional de Defesa desmentiu a acusação, hoje reiterada pela Renamo, de que a atual ação do Exército moçambicano visa assassinar o líder do partido da oposição, Afonso Dhlakama.
 
"Se o objetivo fosse assassinar o líder da Renamo, esse objetivo teria sido cumprido", disse Manuel Mazuze, destacando ainda que Afonso Dhlakama "deve aparecer, porque o Governo já anunciou que quer continuar o diálogo" para pôr fim à crise política e militar no país.
 
Afonso Dhlakama, alguns dos seus colaboradores e a sua guarda pessoal fugiram para local incerto, depois de a base onde viviam há mais de um ano ter sido tomada pelo Exército moçambicano na semana passada.
 
Moçambique vive o momento mais tenso desde a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, na sequência de divergências entre a Renamo e o Governo da Frelimo, partido no poder, sobre a lei eleitoral.
 
Lusa
 

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