Vinte organizações
timorenses entregaram ontem (06/12) uma carta na embaixada da Austrália em Díli
dirigida ao primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, a condenar a rusga ao
escritório de advogados que defende Timor-Leste nas acusações de espionagem
contra australianos.
"O Movimento Contra a Ocupação do Mar de Timor (que agrega 20 organizações timorenses) está profundamente preocupado e condena a ação realizada pelos Serviços de Inteligência Australiana contra o escritório do advogado e a testemunha do processo de arbitragem internacional sobre espionagem em Haia", pode ler-se na carta distribuída aos jornalistas.
A carta foi entregue durante o protesto que reuniu em frente da embaixada da Austrália em Díli cerca de seis dezenas de jovens para protestarem contra os alegados atos de espionagem feitos por aquele país durante a negociação de um tratado sobre o Mar de Timor.
"Foi uma atitude que desrespeitou o cumprimento da lei e as normas internacionais de resolução de conflitos e fere a imagem da Austrália de grande país", salientam no documento as organizações.
Na terça-feira, a secreta australiana fez uma rusga ao escritório do advogado que representa Timor-Leste no processo de acusação de espionagem contra a Austrália durante as negociações de um tratado sobre o Mar de Timor.
A secreta australiana confiscou ficheiros eletrónicos e documentos, apreendendo também o passaporte a um antigo espião, uma testemunha chave do processo.
Hoje o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, rejeitou a justificação de "segurança nacional" dada pelo seu homólogo australiano, Tony Abbott, para a rusga realizada ao escritório do advogado.
Timor-Leste acusou formalmente junto de um tribunal arbitral de Haia a Austrália de espionagem quando estava a ser negociado o Tratado sobre Certos Ajustes Marítimos no Mar de Timor, em 2004.
Lusa
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