Mário Motta, Lisboa
Na verdade estamos
perante um bando de trapaceiros que ocupam os poderes políticos. E também à sua
mercê. Assim interpretam e julgam os tão mal governados por eles. Recordando
Cavaco Silva e as suas “aplicações” de oferta de bandeja por Oliveira Costa,
mais umas quantas do BPN e rodeado de gente metida em escândalos financeiros,
às “confusões” do pagamento de SISA da casa de Cavaco no Algarve, o seu real
valor por troca da famosa vivenda Mariani por outra na Aldeia da Coelha…
Vigaristas? É o que se fala em boca cheia. Esquivo é Passos, tirando uma
empresa que beneficiou de fundos comunitários europeus e onde Relvas também
estava. Mas esquivaram-se. Ficaram as dúvidas para muitos. E também porque os
portugueses na sua vasta maioria não confiam na justiça. Justificadamente.
Portas. Paulo Portas e os submarinos, e os Pandur. E os alemães condenados na
Alemanha mas nada disso em Portugal… Tudo fica no limbo. O retrato da justiça é
mau. O destes personagens não é melhor. Todos estão mal na fotografia. Julgam
os portugueses. Impunidade. Diz-se. Mas como estes há mais. Regra geral nos
partidos ditos do “arco da governação”. O PS também não é flor que se cheire.
Nem por sombras. Na atualidade existem demonstrações da falta de coerência e de
honestidade destes trapaceiros – uns do governo e outros nem por isso. Vejamos
o Jornal de Notícias, por exemplo: “Passos
Coelho confirma mais cortes “, disse há poucos dias. ”PSD
desmente “mais cortes de salários e pensões”, diz hoje Montenegro chefe de
bancada do PSD na AR. Mas há cortes… Onde? Eles, os trapaças, jogam com as
palavras. Omitem. Mentem. Vigarizam os portugueses a torto e a direito. E tudo
isto com a proteção e conluio de um sujeito, Cavaco, que em vez de representar os
interesses da República Portuguesa e agir em sua defesa, do seu povo e
instituições, do país, cumplicia-se com os esbulho aos portugueses para encher
alforges de uns quantos das elites nacionais e estrangeiras, dando o amen à
destruição da justiça social, à miserabilização dos que produzem ou que estão
desempregados devido às políticas erradas que aprova sem pestanejar. A
democracia no verdadeiro significado já foi. Já era. E tudo de acordo com os
objetivos dos trapaceiros aqui referidos e por referir. Quarenta anos passados
do 25 de Abril de 1974, o trio de Belém a São Bento – Cavaco, Passos e Portas –
sacou da arma do revanchismo e ceifa Portugal e os portugueses sob o pretexto
da crise que o capitalismo global inventou para empobrecer e explorar ainda
mais os povos. Existem alternativas para evitar este descalabro mas os
executantes dos poderes preferem cumprir o guião da corja do capital nacional e
global a troco das impunidades e mordomias de que depois beneficiam, se fala e
percebe-se. Trapaceiros e ceifeiros… de vidas e de países. Quarenta anos
passados do 25 de Abril de 1974, tudo se aceita? Não se reage adequadamente?
Nada se faz para além de balirmos? Que gente. Que povo.
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