sábado, 5 de abril de 2014

Angola: SEGUIMOS EM FRENTE



Jornal de Angola - editorial

Com a comemoração do Dia da Paz, celebrado ontem em todo o país com várias acções políticas, religiosas e culturais, os angolanos convergiram num ponto fundamental que se traduz na necessidade e determinação de seguir em frente.

Os angolanos dão prova, todos os dias, que não pretendem mudar o curso dos acontecimentos pondo em dúvida a paz e estabilidade alcançadas com muito suor, lágrimas e sangue. Seguimos em frente com realizações que honram a reconciliação, a estabilidade e o progresso. Essas são metas permanentes que temos de atingir e ultrapassar, sem hesitações.

A paz e a estabilidade são asseguradas se formos capazes de trabalhar incansavelmente para que o futuro seja bom para todas as famílias, todas as comunidades, empresas e instituições. Ninguém pode virar a cara a esse desafio exaltante nem ficar em cima do muro esperando para ver qual é a direcção da corrente. 

Preservar os importantes ganhos obtidos durante mais de uma década de paz e organizar bem o futuro com projectos sustentáveis em matéria de gestão das pessoas, formação de quadros, promoção do empreendedorismo, melhoria da condição da mulher, constam entre as tarefas inerentes ao ambiente de tranquilidade, paz e cordialidade que conseguimos criar desde que se calaram as armas.

Esta é a mensagem que os representantes de várias denominações religiosas levaram ao culto ecuménico, que ontem teve lugar no Estádio Nacional 11 de Novembro, que teve a presença do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.O culto ecuménico, que congrega todas as igrejas reconhecidas pelo Estado Angolano, é já uma tradição anual para celebrar a paz e os seus ganhos, mas também para lembrar a cada angolano a necessidade de dar o máximo de si para aprofundar a reconciliação, a fraternidade, a solidariedade e a angolanidade.

A celebração da missa da paz, culto que foi seguido por milhares de pessoas em todo o país, tem lugar todos os anos, em todas as províncias e representa o valor que os angolanos atribuem ao seu maior feito alcançado há 12 anos. Não há dúvidas de que nos últimos 12 anos se registaram no país, significativos avanços em numerosas áreas que tornam os angolanos orgulhosos das conquistas e ganhos da paz.

Angola inteira saúda os cantos e orações a favor da paz, promovidos por várias denominações religiosas, actos que ganham proporções de uma verdadeira homenagem ao povo angolano. Tributo a um povo que, mais de dez anos depois, sabe dar provas mais do que suficientes que a paz e a estabilidade são um verdadeiro bem público.

Desde a formação e valorização dos quadros, passando por conquistas no desporto, no ensino e na saúde, peloo aumento da oferta de bens e serviços nas comunidades um pouco por todo o país, Angola canta e exalta a paz.

No contexto dos direitos humanos, graças à paz alcançada a 4 de Abril de 2002, a qual permitiu efectuar uma mudança no modo de vida dos angolanos, o país evoluiu e continua a evoluir muito bem em matéria de observância das liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos. 

Com as reformas empreendidas no país, em que a normalização política e constitucional constituiu o toque de arranque, Angola encaminha-se na linha da frente no que ao desenvolvimento e progresso diz respeito.

A realização do Recenseamento Geral da População e Habitação, um passo significativo nos esforços de normalização do país em várias dimensões, vai contribuir para conhecermos quantos somos, onde e como estamos, mas também melhorar as políticas públicas.

Seguir em frente constitui o repto que os angolanos impõem a si próprios, numa altura em que Angola avança rapidamente para se tornar num país de rendimento médio, saindo da condição de país de baixo rendimento.

Os esforços desenvolvidos por várias instituições na patriótica tentativa de levar os angolanos a investirem tempo e dedicação a favor da paz e dos seus ganhos, merecem louvores e elogios. A exortação aos da Comissão Nacional para o Desarmamento da População Civil para que reflictam sobre acções que devem ser desenvolvidas no sentido da mudança de mentalidade constitui uma grande iniciativa como a melhor forma de continuarmos a seguir em frente.

Apenas quem sabe o quanto custou alcançar a paz e saboreou os ganhos que dela resultam pode correctamente avaliar como é vital a tranquilidade nas famílias, nas comunidades, nos quimbos, nas estradas, nas escolas, nas igrejas. Por isso, não se trata de mera vaidade entoar cantos à paz e enaltecer os angolanos que preservam a estabilidade.Os angolanos não têm dúvidas de que sob a liderança do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, vão conseguir fazer dos ganhos da paz e da estabilidade catalisadores para o desenvolvimento e progresso de que as gerações vindouras vão orgulhar-se. As bases estão ser lançadas, de maneira inteligente e sábia, para que todo esse processo seja inclusivo é proporcione bem-estar a todos os angolanos. 

Sem comentários:

Mais lidas da semana