Jornal de Angola -
editorial
Com a comemoração
do Dia da Paz, celebrado ontem em todo o país com várias acções políticas,
religiosas e culturais, os angolanos convergiram num ponto fundamental que se
traduz na necessidade e determinação de seguir em frente.
Os angolanos dão
prova, todos os dias, que não pretendem mudar o curso dos acontecimentos pondo
em dúvida a paz e estabilidade alcançadas com muito suor, lágrimas e sangue.
Seguimos em frente com realizações que honram a reconciliação, a estabilidade e
o progresso. Essas são metas permanentes que temos de atingir e ultrapassar,
sem hesitações.
A paz e a estabilidade são asseguradas se formos capazes de trabalhar
incansavelmente para que o futuro seja bom para todas as famílias, todas as
comunidades, empresas e instituições. Ninguém pode virar a cara a esse desafio
exaltante nem ficar em cima do muro esperando para ver qual é a direcção da
corrente.
Preservar os importantes ganhos obtidos durante mais de uma década de paz e
organizar bem o futuro com projectos sustentáveis em matéria de gestão das
pessoas, formação de quadros, promoção do empreendedorismo, melhoria da
condição da mulher, constam entre as tarefas inerentes ao ambiente de
tranquilidade, paz e cordialidade que conseguimos criar desde que se calaram as
armas.
Esta é a mensagem que os representantes de várias denominações religiosas
levaram ao culto ecuménico, que ontem teve lugar no Estádio Nacional 11 de
Novembro, que teve a presença do Presidente da República, José Eduardo dos
Santos.O culto ecuménico, que congrega todas as igrejas reconhecidas pelo
Estado Angolano, é já uma tradição anual para celebrar a paz e os seus ganhos,
mas também para lembrar a cada angolano a necessidade de dar o máximo de si
para aprofundar a reconciliação, a fraternidade, a solidariedade e a
angolanidade.
A celebração da missa da paz, culto que foi seguido por milhares de pessoas em
todo o país, tem lugar todos os anos, em todas as províncias e representa o
valor que os angolanos atribuem ao seu maior feito alcançado há 12 anos. Não há
dúvidas de que nos últimos 12 anos se registaram no país, significativos
avanços em numerosas áreas que tornam os angolanos orgulhosos das conquistas e
ganhos da paz.
Angola inteira saúda os cantos e orações a favor da paz, promovidos por várias
denominações religiosas, actos que ganham proporções de uma verdadeira
homenagem ao povo angolano. Tributo a um povo que, mais de dez anos depois,
sabe dar provas mais do que suficientes que a paz e a estabilidade são um
verdadeiro bem público.
Desde a formação e valorização dos quadros, passando por conquistas no
desporto, no ensino e na saúde, peloo aumento da oferta de bens e serviços nas
comunidades um pouco por todo o país, Angola canta e exalta a paz.
No contexto dos direitos humanos, graças à paz alcançada a 4 de Abril de 2002,
a qual permitiu efectuar uma mudança no modo de vida dos angolanos, o país
evoluiu e continua a evoluir muito bem em matéria de observância das liberdades
e garantias fundamentais dos cidadãos.
Com as reformas empreendidas no país, em que a normalização política e
constitucional constituiu o toque de arranque, Angola encaminha-se na linha da
frente no que ao desenvolvimento e progresso diz respeito.
A realização do Recenseamento Geral da População e Habitação, um passo
significativo nos esforços de normalização do país em várias dimensões, vai
contribuir para conhecermos quantos somos, onde e como estamos, mas também
melhorar as políticas públicas.
Seguir em frente constitui o repto que os angolanos impõem a si próprios, numa
altura em que Angola avança rapidamente para se tornar num país de rendimento
médio, saindo da condição de país de baixo rendimento.
Os esforços desenvolvidos por várias instituições na patriótica tentativa de
levar os angolanos a investirem tempo e dedicação a favor da paz e dos seus
ganhos, merecem louvores e elogios. A exortação aos da Comissão Nacional para o
Desarmamento da População Civil para que reflictam sobre acções que devem ser
desenvolvidas no sentido da mudança de mentalidade constitui uma grande
iniciativa como a melhor forma de continuarmos a seguir em frente.
Apenas quem sabe o quanto custou alcançar a paz e saboreou os ganhos que dela
resultam pode correctamente avaliar como é vital a tranquilidade nas famílias,
nas comunidades, nos quimbos, nas estradas, nas escolas, nas igrejas. Por isso,
não se trata de mera vaidade entoar cantos à paz e enaltecer os angolanos que
preservam a estabilidade.Os angolanos não têm dúvidas de que sob a liderança do
Presidente da República, José Eduardo dos Santos, vão conseguir fazer dos
ganhos da paz e da estabilidade catalisadores para o desenvolvimento e
progresso de que as gerações vindouras vão orgulhar-se. As bases estão ser
lançadas, de maneira inteligente e sábia, para que todo esse processo seja
inclusivo é proporcione bem-estar a todos os angolanos.
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