A segunda volta das
eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcada para 18 de maio, vai ser
disputada por um antigo ministro do PAIGC e um político estreante apoiado pelo
ex-Presidente Kumba Ialá.
De acordo com os
resultados provisórios da votação de domingo, José Mário Vaz (conhecido como
Jomav), ex-ministro das Finanças do Governo deposto pelo golpe militar de abril
de 2012, venceu com 40,98%, abaixo dos 50% necessários para ganhar à primeira
volta.
Nuno Nabian,
presidente do Conselho de Administração da Agência da Aviação Civil, estreou-se
na política e arrecadou 25,14% dos votos de domingo, que lhe valem o passaporte
para a segunda ronda.
Nabian não era
apoiado pelo principal partido da oposição, o Partido da Renovação Social
(PRS), mas as bandeiras daquela força política eram das que mais se viam nos
seus comícios.
O candidato foi
apoiado por Kumba Ialá, antigo Presidente da Guiné-Bissau e fundador do PRS,
que faleceu, vítima de doença, durante a campanha eleitoral.
No comício com que
encerrou a campanha eleitoral, defendeu a paz, estabilidade e unidade nacional
como prioridades para o país, apontando a juventude da Guiné-Bissau como
"a razão de concorrer à presidência".
"Eu também sou
um jovem em busca de soluções para o país", referiu, antes de responder a
uma das questões que foram colocadas aos candidatos ao longo da campanha: como
fazer a reforma das forças armadas?
Para Nabian, não
basta mexer nos militares, "tem que se reformar o Estado de uma forma
geral".
Num país massacrado
por golpes de estado, o antigo ministro das Finanças Mário Vaz também prometeu
no encerramento da campanha eleitoral para a primeira volta zelar pela
estabilidade e tornar os militares guineenses respeitados no país e no
exterior.
Em tempo de paz,
espera contar com as forças armadas para "ajudar a construir" as
infraestruturas básicas do país.
Os resultados
provisórios foram anunciados ao início da noite de quarta-feira por Augusto
Mendes, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), numa cerimónia num
hotel de Bissau sob um forte dispositivo de segurança, com militares armados em
todo recinto.
O ato eleitoral
decorreu no domingo e estão ainda por apurar os votos da diáspora,
correspondentes a 22.312 eleitores - dados que segundo Augusto Mendes serão
divulgados dentro de 48 horas.
LFO // HB - Lusa - foto Tiago Petinga
1 comentário:
Força Nuno coragem e boa continuaçao te desejo uma boa sorte
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