sábado, 21 de junho de 2014

Angola: MÉDICO ACUSADO DE TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS



UROLOGISTA NEGA ACUSAÇÕES

O médico urologista, Luashi P. Gabriel, está a ser acusado de traficar órgãos humanos por, alegadamente, ter retirado o testículo do operador de máquinas da empresa de Cerveja Nocal, Manuel Francisco Baltazar, durante a operação cirúrgica que realizou no 13.06.2008, no Hospital Américo Boavida, em Luanda.

Antunes Zongo – Folha 8, 07 junho 2014

O cidadão Manuel Baltazar apresentou uma queixa­-crime, no Gabinete de Crimes Contra Pes­soas, na Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) cujo processo rece­beu o nº 220/012, acusando o médico urologista Luashi Gabriel de o ter lesionado no órgão genital de forma propositada. No entanto o acusado, minimiza a situa­ção, alegando não existir, em nenhuma parte do mun­do, transplante de testículo.

Manuel Baltazar confessou ao F8, ser impotente se­xual, desde a data da ope­ração cirúrgica. “Tenho cinco filhos e uma esposa que não a consigo satisfa­zer sexualmente, porque o médico Luashi retirou-me um dos testículos”, aflorou.

Os factos remontam a uma inspecção médica no lo­cal de trabalho, submetida pela directora do Centro de Saúde da Nocal, Elisabe­th Paulo, que também sur­ge como cúmplice na quei­xa-crime apresentada pelo jovem Manuel Baltazar, que diz ter sido detectado uma apêndice e, em função disso, foi encaminhado ao Hospital Américo Boavi­da, para “sermos opera­dos pelo doutor Luashi”, revelou, acrescentando que “para além da apendi­cite, também me operou a hérnia, que ele (cirurgião) disse ter detectado no mo­mento da operação. Isso é ridículo, como é que ele me opera sem me consul­tar?”, questionou.

“Foi a Repartição da Saúde quem fez a inspecção aos trabalhadores”

Com autorização da direc­ção do Centro de Saúde da Nocal, a Comissão Sin­dical da empresa revelou aos repórteres do F8, que a inspecção de saúde aos trabalhadores, foi realizada pela Repartição da Saúde do município do Cazenga coadjuvado pelo Centro de Saúde da empresa, “fo­ram eles (Repartição) que diagnosticaram apêndice ao Baltazar”. “E por termos convénio com o Américo Boavida, decidimos enviá­-los para lá, logo, até aí o papel da Dra Elisabeth e do nosso Centro termi­nou. Tudo o que se passou já não é da nossa respon­sabilidade, é do Hospital que o operou”, advogou um dos membros da Co­missão Sindical da Nocal (estiveram presentes na entrevista, o 1º secretário da Comissão Sindical, Lu­cas João, Pedro Feliciano, Lucas Massaqui, João Silva e Domingas Viegas).

Américo Boavida vai sub­meter Baltazar a novas consultas

Pese embora o inciden­te ter ocorrido durante a gestão anterior, a actual directora-geral do Améri­co Boavida, Constantina Furtado Machado orientou as psicólogas e outros ser­viços a receberem o jovem Manuel Baltazar e subme­tê-lo a novas consultas.

Em exclusivo ao F8, classi­ficou a situação do opera­dor de máquinas da Nocal, como caso especial e que, “há momentos que nas­cemos assim. Eu não sei o que se passou com ele, mas talvez ele terá tido es­croto ou uma outra doença do género, por esta razão, aconselho-o a submeter-se a novos exames e testes, nas nossas instalações”, solicita Constantina Ma­chado.

O hospital Américo Boavi­da tornou-se uma referên­cia no tratamento de várias patologias e atendimento aos utentes, “por isso, cria­mos o Gabinete do Utente, onde as pessoas devem escrever para apontar er­ros, reclamar e sugerir, pedimos ao jovem Baltazar que procure os nossos ser­viços”, solicitou. A mesma acrescentou que o médico urologista Luashi Pereira, já não faz parte do qua­dro dos profissionais do Américo Boavida, “porque havia muitos profissionais da mesma área a cobrir so­mente cerca de 40 camas, e como ele é simultanea­mente médico do Ministé­rio do Interior, escrevemos para o Ministério da Saúde e a Direcção Nacional da Saúde da Polícia, que fez a referida transferência”, concluiu.

Luashi esclarece o imbró­glio

O médico acusado, es­pecialista em Urologia, Luashi Pereira Gabriel, mi­nimizou a acusação e nega ter operado a apêndice do jovem Mateus Baltazar, ga­rantindo ter realizado ope­ração cirúrgica da hérnia e do hidrocelo, que é um líquido que atrofia o tes­tículo, “os testículos têm um tamanho próprio, e há pessoas que têm testículos muito pequenos, devido ao hidrocelo, e este é o caso dele (Baltazar)”, informou, acrescentando que “atra­vés do hidrocelo, o testícu­lo vai reduzindo e se torna um tumor maligno, por isso devemos ter muito cuidado”, explicou o pro­fissional em urologia, na especialidade desde 1994.

O médico considera haver desinformação, pois nunca operou Baltazar a apêndi­ce, “pois, existem somente dois tipos de apendicite, aguda e crónica, portanto, em qualquer dos casos, a apendicite causa dor no lado direito e em baixo do abdómen, podendo tam­bém causar febre e vómi­tos, em relação à apendi­cite aguda. No entanto, quem tem apêndice não tem muito tempo de vida, por isso deve ser imediata­mente submetido à urgên­cia”, argumentou. “Ele (Bal­tazar) não pode dizer que perdeu a erecção depois da operação, porque depois da intervenção a esposa dele engravidou e deu a luz no Centro de Saúde da No­cal”, concluiu o urologiasta Luashi Pereira Gabriel.

2 comentários:

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