O
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, reiterou hoje a
necessidade de uma força de estabilização internacional na Guiné-Bissau para
proteger as instituições, após as eleições ao fim de dois anos de autoridades
de transição.
"Para
levar a cabo as reformas necessárias, o novo governo da Guiné-Bissau terá de
ter não só o apoio financeiro da comunidade internacional mas também garantias
de proteção das instituições legítimas", defendeu hoje o ministro Rui
Machete, falando na abertura de uma conferência internacional sobre "A
Segurança no golfo da Guiné", que decorre no ministério dos Negócios
Estrangeiros.
Portugal
tem por isso defendido, junto de várias organizações internacionais, "uma
força de estabilização internacional com dois pré-requisitos: um convite das
futuras autoridades legítimas e um mandato claro e transparente do Conselho de
Segurança das Nações Unidas", declarou.
Após
os atos eleitorais que permitiram eleger um novo Governo e um novo Presidente,
depois de cerca de dois anos de autoridades de transição na sequência de um
golpe de Estado militar, Portugal "está a trabalhar para o pleno
restabelecimento da cooperação institucional com a Guiné-Bissau, que permita
capacitar o Estado e fortalecer as instituições, nomeadamente nas áreas do
estado de Direito e da boa governação", afirmou o ministro.
Para
o Governo português, os resultados das eleições "transmitem a vontade
clara dos guineenses de colocarem o seu país no caminho da estabilização e do
desenvolvimento".
Rui
Machete insistiu na necessidade de "um redobrado esforço da parte de todos
no diálogo entre os principais partidos e outras forças da sociedade guineense
nesta nova etapa do país".
A
conferência internacional é organizada pelo Instituto Português de Relações
Internacionais (IPRI), da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o
Instituto Diplomático, e conta com o alto patrocínio do ministro Rui Machete.
A
conferência "A Segurança do golfo da Guiné", que decorre ao longo do
dia no Palácio das Necessidades, pretende debater os problemas de segurança, os
impactos na dimensão energética, o multilateralismo e as dimensões
internacionais da segurança africana.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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