sexta-feira, 11 de julho de 2014

Guiné-Bissau: Rui Machete propõe força de estabilização internacional




O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, reiterou hoje a necessidade de uma força de estabilização internacional na Guiné-Bissau para proteger as instituições, após as eleições ao fim de dois anos de autoridades de transição.

"Para levar a cabo as reformas necessárias, o novo governo da Guiné-Bissau terá de ter não só o apoio financeiro da comunidade internacional mas também garantias de proteção das instituições legítimas", defendeu hoje o ministro Rui Machete, falando na abertura de uma conferência internacional sobre "A Segurança no golfo da Guiné", que decorre no ministério dos Negócios Estrangeiros.

Portugal tem por isso defendido, junto de várias organizações internacionais, "uma força de estabilização internacional com dois pré-requisitos: um convite das futuras autoridades legítimas e um mandato claro e transparente do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou.

Após os atos eleitorais que permitiram eleger um novo Governo e um novo Presidente, depois de cerca de dois anos de autoridades de transição na sequência de um golpe de Estado militar, Portugal "está a trabalhar para o pleno restabelecimento da cooperação institucional com a Guiné-Bissau, que permita capacitar o Estado e fortalecer as instituições, nomeadamente nas áreas do estado de Direito e da boa governação", afirmou o ministro.

Para o Governo português, os resultados das eleições "transmitem a vontade clara dos guineenses de colocarem o seu país no caminho da estabilização e do desenvolvimento".

Rui Machete insistiu na necessidade de "um redobrado esforço da parte de todos no diálogo entre os principais partidos e outras forças da sociedade guineense nesta nova etapa do país".

A conferência internacional é organizada pelo Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o Instituto Diplomático, e conta com o alto patrocínio do ministro Rui Machete.

A conferência "A Segurança do golfo da Guiné", que decorre ao longo do dia no Palácio das Necessidades, pretende debater os problemas de segurança, os impactos na dimensão energética, o multilateralismo e as dimensões internacionais da segurança africana.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Leia mais em Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana