sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rússia: "EUA lançaram campanha de difamação sobre situação na Ucrânia"




A Rússia acusou hoje os Estados Unidos de "uma campanha de difamação" sobre o envolvimento do país no conflito da Ucrânia e acrescentou que "Washington partilha completamente a responsabilidade pelo banho de sangue".

"Rejeitamos as infundadas insinuações públicas" que dão conta de que é a Rússia que está a armar os combatentes pró-russos na Ucrânia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, considerando que essas insinuações são "uma campanha de difamação".

Um total de 230 mil pessoas abandonaram as suas casas devido ao agravamento do conflito na Ucrânia, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O porta-voz da ACNUR, Dan McNorton, disse aos jornalistas que 100 mil pessoas deixaram a zona de conflito, no leste do país, e deslocaram-se para outras regiões da Ucrânia, enquanto outras 130 mil atravessaram a fronteira com a Rússia.

"O número de pessoas deslocadas originárias de Donetsk e Lugansk aumentou fortemente desde o início de junho", explicou Dan McNorton.

O responsável da agência da ONU referiu que as pessoas abandonaram as suas casas devido a "preocupação com a sua segurança e o medo de serem apanhados nos combates".

Pelo menos 17 civis morreram nas últimas 24 horas devido aos combates entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia, anunciaram hoje fontes oficiais ucranianas.

Na região de Donetsk, que tinha cerca de um milhão de pessoas antes do início do conflito, morreram 14 pessoas e outras 13 ficaram feridas, segundo o governo regional, leal a Kiev.

Em Lugansk, cenário dos combates mais intensos há várias semanas e submetida a fogo de artilharia todos os dias, morreram três civis e outros sete ficaram feridos, segundo a assembleia municipal da cidade, habitada por meio milhão de cidadãos antes da guerra.

No espaço de três meses, o conflito entre os rebeldes pró-russos e forças leais ao Governo de Kiev já matou mais de mil pessoas, incluindo quase 300 passageiros de um voo da Malaysia Airlines -- no dia 17 de julho - que caiu na região leste da Ucrânia, alegadamente abatido por um míssil.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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