quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cabo Verde - Ébola: MINISTÉRIO DA SAÚDE DIVULGA PLANO DE CONTINGÊNCIA




O Ministério da Saúde divulgou um "plano de contingência" nacional para lidar com uma eventual epidemia do vírus do Ébola, um documento que visa orientar as pessoas e os profissionais da saúde sobre a matéria.

O documento, com 74 páginas, segundo o ministério, resulta da compilação de orientações, normas de conduta e ensinamentos colhidos de várias fontes com particular relevância para o Regulamento Sanitário Internacional (2005) e documentos sobre a matéria da OMS, entidade orientadora e coordenadora da luta contra epidemias no mundo.

A intenção, justifica, é preparar a “todos os cabo-verdianos” para o pior cenário, evitando-o mas, sobretudo, para contribuir para impedir, a todo o custo, que a entrada no país da epidemia de Ébola ou, não conseguido esse desiderato, circunscrever o primeiro caso que aparecer e minimizar os danos.

Para atingir esse desiderato, o país tomou medidas que visam o reforço da vigilância junto dos portos e aeroportos internacionais, medidas específicas de informação e vigilância activa dirigida aos passageiros provenientes da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa ou de outros países em função da evolução da situação actual.

No seguimento do alerta o país comunica que todas as estruturas de saúde, quer sejam públicas ou privadas devem proceder ao isolamento imediato do doente, tomar todas as medidas de controlo de infecção para a doença por vírus Ébola, notificar o caso “imediatamente” ao Delegado de Saúde do concelho, e ao Serviço de Vigilância Epidemiológica da Direcção Nacional de Saúde.

A epidemia eclodiu no início do ano na Guiné-Conacri, antes de alcançar a Libéria, Serra Leoa e a Nigéria.

Esta é a primeira vez que a doença por vírus Ébola atinge os países da África Ocidental, não obstante em 1994/95 ter-se registado na Costa de Marfim um caso humano.

O vírus de Ébola é introduzido na população humana através de contacto directo com sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados.

Em África, a infecção tem sido documentada através da manipulação de animais infectados, chimpanzés, gorilas, morcegos frugívoros, macacos, antílopes de floresta e porcos-espinhos encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

A única forma de prevenção é o isolamento dos doentes e utilização do equipamento de protecção individual, para aqueles com risco de contaminação; toda a equipa médica e de enfermagem, pessoal de laboratório, pessoal de limpeza da área de isolamento, pessoal encarregado do enterro seguro dos mortos.

Leia mais em Expresso das Ilhas (cv)

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