O
Ministério da Saúde divulgou um "plano de contingência" nacional para
lidar com uma eventual epidemia do vírus do Ébola, um documento que visa
orientar as pessoas e os profissionais da saúde sobre a matéria.
O
documento, com 74 páginas, segundo o ministério, resulta da compilação de
orientações, normas de conduta e ensinamentos colhidos de várias fontes com
particular relevância para o Regulamento Sanitário Internacional (2005) e
documentos sobre a matéria da OMS, entidade orientadora e coordenadora da luta
contra epidemias no mundo.
A
intenção, justifica, é preparar a “todos os cabo-verdianos” para o pior
cenário, evitando-o mas, sobretudo, para contribuir para impedir, a todo o
custo, que a entrada no país da epidemia de Ébola ou, não conseguido esse
desiderato, circunscrever o primeiro caso que aparecer e minimizar os danos.
Para
atingir esse desiderato, o país tomou medidas que visam o reforço da vigilância
junto dos portos e aeroportos internacionais, medidas específicas de informação
e vigilância activa dirigida aos passageiros provenientes da Guiné Conacri,
Libéria e Serra Leoa ou de outros países em função da evolução da situação
actual.
No
seguimento do alerta o país comunica que todas as estruturas de saúde, quer
sejam públicas ou privadas devem proceder ao isolamento imediato do doente,
tomar todas as medidas de controlo de infecção para a doença por vírus Ébola,
notificar o caso “imediatamente” ao Delegado de Saúde do concelho, e ao Serviço
de Vigilância Epidemiológica da Direcção Nacional de Saúde.
A
epidemia eclodiu no início do ano na Guiné-Conacri, antes de alcançar a
Libéria, Serra Leoa e a Nigéria.
Esta
é a primeira vez que a doença por vírus Ébola atinge os países da África
Ocidental, não obstante em 1994/95 ter-se registado na Costa de Marfim um caso
humano.
O
vírus de Ébola é introduzido na população humana através de contacto directo
com sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais
infectados.
Em
África, a infecção tem sido documentada através da manipulação de animais
infectados, chimpanzés, gorilas, morcegos frugívoros, macacos, antílopes de
floresta e porcos-espinhos encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
A
única forma de prevenção é o isolamento dos doentes e utilização do equipamento
de protecção individual, para aqueles com risco de contaminação; toda a equipa
médica e de enfermagem, pessoal de laboratório, pessoal de limpeza da área de
isolamento, pessoal encarregado do enterro seguro dos mortos.
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mais em Expresso das Ilhas (cv)
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