quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ESPECIALISTAS TEMEM FUTURO DA IMPRENSA EM ANGOLA




Luanda acolheu conferência sobre "Mídia na democratização de Angola" à qual não compareceu o ministro de Comunicação Social

Manuel José – Voz da América

Falta de vontade política de quem governa condiciona o bom desempenho do jornalismo em Angola, disse hoje a secretária executiva do Sindicato dos Jornalistas Angolanos.

Luísa Rogério, que falava na conferência sobre os média e o processo de democratização em Angola, considerou que de 1992 a esta parte o desempenho do jornalismo no país regrediu muito.

A conferência ficou marcada pela ausência do ministro da Comunicação Social José Luís de Matos que não se fez presente nem indicou alguém para o representar.

"Falta de vontade política, os jornalistas podem ter vontade, mas sem meios não conseguem fazer rigorosamente nada porque dependem da publicidade e do incentivo do Estado previsto na lei que, até agora, não se observa", disse Luísa Rogério, que apontou outros obstáculos para a classe jornalística, tais como a auto-censura, o excesso de zelo, a fome, a pobreza material e espiritual e a falta da comissão da carteira e ética.

Outro palestrante, Alexandre Solombe, do MISA Angola, considerou que a democracia está doente e pode ficar pior: "A nossa democracia está doente e com tendência a regredir, estou a falar da lei de imprensa há uma estagnação".

Solombe diz prever um futuro de liberdade de imprensa muito atribulado.

Na foto: Luisa Rogério, Sindicato dos Jornalistas de Angola

Áudio: A mídia na democratização em Angola - 2:16 - Descarregue

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