Luanda
acolheu conferência sobre "Mídia na democratização de Angola" à qual
não compareceu o ministro de Comunicação Social
Manuel
José – Voz da América
Falta
de vontade política de quem governa condiciona o bom desempenho do jornalismo
em Angola, disse hoje a secretária executiva do Sindicato dos Jornalistas
Angolanos.
Luísa
Rogério, que falava na conferência sobre os média e o processo de
democratização em Angola, considerou que de 1992 a esta parte o
desempenho do jornalismo no país regrediu muito.
A
conferência ficou marcada pela ausência do ministro da Comunicação Social José
Luís de Matos que não se fez presente nem indicou alguém para o representar.
"Falta
de vontade política, os jornalistas podem ter vontade, mas sem meios não
conseguem fazer rigorosamente nada porque dependem da publicidade e do
incentivo do Estado previsto na lei que, até agora, não se observa", disse
Luísa Rogério, que apontou outros obstáculos para a classe jornalística, tais
como a auto-censura, o excesso de zelo, a fome, a pobreza material e espiritual
e a falta da comissão da carteira e ética.
Outro
palestrante, Alexandre Solombe, do MISA Angola, considerou que a democracia
está doente e pode ficar pior: "A nossa democracia está doente e com
tendência a regredir, estou a falar da lei de imprensa há uma estagnação".
Solombe
diz prever um futuro de liberdade de imprensa muito atribulado.
Na
foto: Luisa Rogério, Sindicato dos Jornalistas de Angola
Áudio:
A mídia na democratização em Angola - 2:16 - Descarregue
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