... numa sociedade de homens
Díli,
06 ago (Lusa) - As organizações não-governamentais Plan International e Pátria
anunciaram hoje, em comunicado, que vão desenvolver um novo programa para
fortalecer o papel das jovens e mulheres na liderança das comunidades, dominada
por homens.
Segundo
o comunicado, o programa "Jovens e Mulheres participação na governação
local", que vai ser desenvolvido nos distritos de Aileu e Ainaro, visa
formar mulheres e encorajá-las a assumirem papéis de lideranças nos sucos ao
mesmo tempo que colocam na agenda política regional a violência doméstica.
"A
cultura patriarcal de Timor-Leste dificulta que as mulheres assumam papéis de
liderança dentro das comunidades, especialmente nas áreas rurais. Os direitos
das mulheres estão protegidos na Constituição, mas a tomada de decisões e
aplicação da lei são tradicionalmente considerados assuntos de homens",
afirmou Laura Menezes, diretora da organização não-governamental timorense
Pátria.
A
ideia é que o programa ajude a reduzir a discriminação contra as mulheres e
lhes permita que as suas vozes sejam ouvidas junto dos homens, explicou Laura
Menezes.
Dos
442 sucos do país, apenas 10 são chefiados por mulheres e os restantes por
homens, o que, segundo Laura Menezes, indica que as mulheres têm pouca
influência nas decisões que as afetam a si e aos seus filhos.
As
duas organizações não-governamentais vão liderar a criação de um Fórum de Ação
das Mulheres para a Mudança, que as vai treinar para liderarem, falar em
público e defenderem os seus pontos de vista.
O
objetivo é aumentar o número de mulheres nos postos de chefes de suco nas
eleições de 2015.
A
organização não-governamental Pátria foi criada em 2012 e trabalha nos 13
distritos de Timor-Leste com o objetivo de acabar com todas as formas de
discriminação contra as mulheres.
MSE
// JCS - Lusa
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