terça-feira, 12 de agosto de 2014

Portugal: BANCO BOM AFUNDA-SE E ARRASTA OS OUTROS




A realidade parece contrariar a vontade dos poderes europeus e nacionais (que aparentemente se limitam a fazer o que aqueles mandam, continuando a pôr Portugal numa má experiência). O tal Banco Bom ou Novo Banco, anunciado pelo governador do Banco de Portugal depois de detalhadamente adiantado pela imprensa em geral e pelos comentadores oficiais do PSD em particular, afunda-se, e arrasta com ele os outros Bancos, que não tinham sido perdidos nem achados para a solução, simplesmente forçados a aceitá-la. Os depósitos fogem a 100 à hora dos balcões do Novo Banco, e as cotações das acções dos outros descem sem parar.

Um amigo maduro e de cultura sólida (sucede que é até doutorado) confessava-me, em conversa de beira-mar, a indignação por Carlos Costa, com as suas garantias retóricas, o ter levado a investir mal no aumento de capital do BES, sendo agora assim atirado para o Banco mau. Claro que Carlos Costa devia ser responsabilizado pelo que disse, e penso que o irá ser de facto nos tribunais – só espero que o seja pessoalmente, e não com o nosso dinheiro público.

Entretanto, outro amigo meu, que já no caso BPN dizia não haver outra solução, numa volubilidade demasiado politica volta agora a achar que no caso BES também não havia outra solução (esquecendo o quão diferente esta é da outra).

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