Pedro d´Anunciação, Sol, opinião
A
realidade parece contrariar a vontade dos poderes europeus e nacionais (que aparentemente
se limitam a fazer o que aqueles mandam, continuando a pôr Portugal numa má
experiência). O tal Banco Bom ou Novo Banco, anunciado pelo governador do Banco
de Portugal depois de detalhadamente adiantado pela imprensa em geral e pelos
comentadores oficiais do PSD em particular, afunda-se, e arrasta com ele os
outros Bancos, que não tinham sido perdidos nem achados para a solução,
simplesmente forçados a aceitá-la. Os depósitos fogem a 100 à hora dos balcões
do Novo Banco, e as cotações das acções dos outros descem sem parar.
Um
amigo maduro e de cultura sólida (sucede que é até doutorado) confessava-me, em
conversa de beira-mar, a indignação por Carlos Costa, com as suas garantias
retóricas, o ter levado a investir mal no aumento de capital do BES, sendo
agora assim atirado para o Banco mau. Claro que Carlos Costa devia ser
responsabilizado pelo que disse, e penso que o irá ser de facto nos tribunais –
só espero que o seja pessoalmente, e não com o nosso dinheiro público.
Entretanto,
outro amigo meu, que já no caso BPN dizia não haver outra solução, numa
volubilidade demasiado politica volta agora a achar que no caso BES também não
havia outra solução (esquecendo o quão diferente esta é da outra).
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