Pedro
d’Anunciação – Sol, opinião
Já
se tinha percebido que os juros da dívida pública portuguesa oscilam mais
segundo as posições do BCE e de Bruxelas, acompanhando de resto a de outros
países (como a Grécia e Espanha), do que com a acção de figuras nacionais.
Mas
como o Governo gostava de chamar a si o sucesso, e como Moreira Rato se tornou
uma espécie de mito nacional por causa disso (conquistando mesmo a
administração de um Banco nacionalizado, o Novo Banco do BES), convém notar que
a última venda de dívida portuguesa no mercado primário, já com a sucessora de
Moreira Rato, Cristina Casalinho, no IGCP, teve os juros mais baixos de sempre.
Os
mercados não ligaram a nada do que cá se passa: nem à crise do BES, nem ao
aumento astronómico da dívida pública, nem mesmo à subida estratosférica do
défice comercial no primeiro semestre do ano (mais 1,8% de exportações e 4,3%
de importações).
Cá
vamos andando e rindo – apesar deste Governo.
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