A
epidemia do Ébola e a "tolerância zero" com os excessos, como álcool
e na estrada, marcam a anual peregrinação à "Mamã Muxima", o maior
centro mariano da África subsaariana, que começa hoje no norte de Angola.
Localizada
na província do Bengo, a vila de Muxima - que na língua nacional quimbundo
significa "coração" - foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez
anos depois, ali construíram uma fortaleza e a igreja de Nossa Senhora da
Conceição, também conhecida como "Mamã Muxima".
No
santuário "pontifica" uma imagem da virgem Maria e o local, segundo a
Igreja Católica angolana, tornou-se de "devoção espiritual que tem passado
de geração em geração", sendo o "maior espaço de devoção popular em
Angola e em toda a África Cristã".
O
vice-governador da província de Luanda para a área Social, Adriano Mendes de
Carvalho, garante que as autoridades policiais estão em situação de
"tolerância zero" para com o "consumo de álcool" e as
"velocidades", para prevenir os habituais problemas de sinistralidade
rodoviária.
O
abate e consumo de animais de caça durante a peregrinação merece igualmente a
preocupação das autoridades angolanas, face à ameaça de propagação da epidemia
do Ébola na África Ocidental.
Além
de mais de meia centena de profissionais de saúde mobilizados para o santuário,
para apoio direto aos peregrinos, outros técnicos vão estar no terreno a
"chamar a atenção" para a doença, alertando "para os principais
sintomas" e "sobre os cuidados a ter", informaram as autoridades
de Saúde Pública.
A
peregrinação, que decorre entre sábado e domingo, realiza-se este ano
subordinada ao lema "enraizados em Cristo, caminhemos com Maria".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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