sábado, 6 de setembro de 2014

Angola: Ébola e "tolerância zero" com excessos marcam peregrinação à 'Mamã Muxima'




A epidemia do Ébola e a "tolerância zero" com os excessos, como álcool e na estrada, marcam a anual peregrinação à "Mamã Muxima", o maior centro mariano da África subsaariana, que começa hoje no norte de Angola.

Localizada na província do Bengo, a vila de Muxima - que na língua nacional quimbundo significa "coração" - foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez anos depois, ali construíram uma fortaleza e a igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como "Mamã Muxima".

No santuário "pontifica" uma imagem da virgem Maria e o local, segundo a Igreja Católica angolana, tornou-se de "devoção espiritual que tem passado de geração em geração", sendo o "maior espaço de devoção popular em Angola e em toda a África Cristã".

O vice-governador da província de Luanda para a área Social, Adriano Mendes de Carvalho, garante que as autoridades policiais estão em situação de "tolerância zero" para com o "consumo de álcool" e as "velocidades", para prevenir os habituais problemas de sinistralidade rodoviária.

O abate e consumo de animais de caça durante a peregrinação merece igualmente a preocupação das autoridades angolanas, face à ameaça de propagação da epidemia do Ébola na África Ocidental.

Além de mais de meia centena de profissionais de saúde mobilizados para o santuário, para apoio direto aos peregrinos, outros técnicos vão estar no terreno a "chamar a atenção" para a doença, alertando "para os principais sintomas" e "sobre os cuidados a ter", informaram as autoridades de Saúde Pública.

A peregrinação, que decorre entre sábado e domingo, realiza-se este ano subordinada ao lema "enraizados em Cristo, caminhemos com Maria".

Lusa, em Notícias ao Minuto

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