Neste
país nenhum político, seja ele de que partido for, tem a coragem de aceitar que
a culpa desta situação caótica em que o país se encontra é fruto da
incompetência profissional dos inexperientes comissários e agentes políticos
deste país.
Carlos
Fortes Lopes, M.A.* – A Semana (cv), opinião
Esperemos
que a lógica de defender os erros apontando os erros cometidos pelos outros no
passado não continue a fazer parte da "cartilha" política dos
partidos com assento parlamentar.
Roguemos
para que o próximo início dos trabalhos parlamentares traga uma nova dinâmica
política e que os funcionários do povo cabo verdeano passem a ter uma postura
profissional e de respeito para com a sociedade civil.
Ao
que tudo indica, o povo eleitor já está preparando para demonstrar que já não
conjuga com a famosa falta de respeito e insensibilidade auditiva de alguns dos
Deputados e Ministros Nacionais e, aclama para que tragam um espírito aberto e
responsável de consenso nacional, rumo ao melhor aproveitamento do tempo no
púlpito e bancadas da Assembleia Nacional.
O
povo eleitor exige, constitucionalmente, que todos os Deputados e Ministros, ao
intervirem na plenária da Assembleia Nacional, e outras ocasiões, passem a ser
pessoas responsáveis, carismáticas e idôneas, de forma a corresponderem às
exigências do povo eleitor, em conformidade com a Constituição da República de
Cabo Verde.
Com
a referida postura profissional, de certo que alcançarão a meta do consenso
parlamentar para a aprovação da lista dos integrantes das instituições
paralelas ao Parlamento, de acordo com a Constituição da República de Cabo
Verde. ( ver Artigos 215, 222, 223, 224, 225, 226, 227 e 228 da CRCV).
Estamos
convictos de que com respeito e dedicação, os políticos nacionais serão capazes
de trabalhar para o bem deste país, apesar da necessária e exigente remodelação
dos trabalhos e despesas da Assembleia Nacional.
Caso
contrário, este país acabará por afundar, totalmente, na desgraça e perda da
soberania nacional.
Qualquer
um dos partidos políticos com assento parlamentar deve e é obrigado, pela constituição,
a apresentar propostas de leis, de acordo com as exigências constitucionais e
elas devem ser apresentadas atempadamente e com as devidas rigorosidades
constitucionais.
Ao
apresentarem as propostas de lei de controlo e contenção das despesas de
governação nacional, os Deputados devem ser idôneos e responsáveis nas
críticas, não deixando se enveredar pelas baixezas e desrespeito do eleitorado
e restantes ouvintes.
A
referência às actividades governamentais actuais podem ser incômodas para
alguns mas, elas devem ser rigorosamente e acatadas de forma a satisfazer as
necessidades da população.
Tanto
os do PAI como os do MpD e UCID devem primar pela objectividade e ter o passado
como referência e o futuro risonho como meta a alcançar vitoriosamente, sem
denegrir seja quem for o protagonista.
O
Emprego (Artigos 61e 63 da CRCV), a Saúde (Artigo 71 da CRCV), Habitação e
Ambiente (Artigos 72 e 73 da CRCV), Referendo sobre Regionalização (Artigos 103
e 157 e ou de 230 a
239 da CRCV), a Qualidade dos nossos serviços de Turismo, em todas as ilhas, a
Qualidade da Água e electricidade, a Qualidade Alimentar (Artigo 82 da CRCV),
os Transportes(marítimo e aéreo) o Profissionalismo Nacional (artigos 240 a 245 da CRCV) a nossa
Democracia (Artigo 2 da CRCV) e o seu efeito na sociedade civil devem ser
prioridade a partir de agora, para que possamos sair deste impasse desastroso,
de governação.
Ao
pensarem em apresentar qualquer proposta de lei, política ou administrativa, os
Deputados devem ter em conta as exigências do povo eleitor, as
inconstitucionalidades (Artigos 277 e 278 da CRCV) e as despesas da Assembleia
Nacional.
Com
um Orçamento anual que já está prestes a ultrapassar a margem de 1 Bilião de
Escudos Cabo Verdeanos, espera-se muito mais e melhor desta nossa Assembleia
Nacional.
Contudo,
porque a lista é longa, contamos regressar a este assunto sobre o Orçamento e
tentar esmiuçar os avultados e supérfluos valores incluídos no Orçamento anual
da nossa Assembleia Nacional.
A
saber: Abonos variáveis ou eventuais, como; gratificações permanentes em mais
de 200 mil contos, gratificações eventuais em mais de 50 mil contos, horas
extraordinárias em mais de 3.000.000$00 (três milhões), alimentação e
alojamento em mais de 1.500.000$00 (um milhão e quinhentos mil contos),
subsídios de instalação em mais de 8.110.900$00 (oito milhões, cento e dez mil
e novecentos contos), outros suplementos e abonos em mais de 56.329.000$00
(cinquenta e seis milhões, trezentos e vinte e nove mil contos), etc., etc..
Enfim,
um mundo de riqueza, para um pequeno grupo de funcionários, num país tão pobre
como o nosso Cabo Verde.
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