José
Manuel Vaz criticou o Ministério da Justiça pelo que considera ser as condições
precárias vividas pelos inspectores e inspectores-chefe da Polícia Judiciária.
Presidente da Central Sindical disponível para apoiar qualquer formato da
jornada de luta que pode passar por greves ou até pela desobediência
profissional.
O
presidente da CCSL disse em conferência de imprensa que não “é normal aquilo
que se vive presentemente em termos das relações socio-laboral” na Polícia
Judiciária.
Para
o presidente da central sindical são vários os aspectos que necessitam ser
corrigidos, começando pelos salários. “O salário dos inspectores dos diversos
ministérios são, comparativamente, quatro e cinco vezes superiores aos salários
dos inspectores e inspectores-chefe da Polícia Judiciária, enquanto os
inspectores dos outros ministérios auferem um salário que varia entre os 108 e
os 194 mil escudos, o salário dos inspectores e inspectores-chefe da PJ variam
entre os 40 e os 47 mil escudos”, acusou José Manuel Vaz.
No
entender de José Manuel Vaz o problema agrava-se com a existência “de
inspectores de nível II com salários superiores aos inspectores chefe”, o que
na opinião deste sindicalista “introduz desta forma o critério de disfunções e
o chamamento a desresponsabilização e indisciplina entre os profissionais”.
Mas
não são apenas as questões monetárias que preocupam o presidente da CCSL. “Além
das situações atrás descritas, as condições de trabalho dos profissionais da
PJ, são de extrema precaridade, que vão desde a inexistência de materiais e
equipamentos de protecção, falta de água potável, falta papel higiénico nas
casas de banho, os colchões e os lençóis estão velhos, além da falta de cacifos
próprios para guarda dos haveres e pertenças do pessoal”, denuncia o presidente
da CCSL.
Também
o Ministério da Justiça e o Governo são alvo das criticas de José Manuel Vaz.
Para o presidente da CCSL, o governo tem desrespeitado o cumprimento “das
decisões dos tribunais” no que respeita à actualização salarial e ao pagamento
de retroactivos, o que leva a central sindical que lidera a apoiar e a “apelar
a todos os profissionais da Polícia Judiciária e a todos os funcionários
afectos ao ministério da justiça, para a jornada de luta” que poderá passar por
uma “manifestação pacífica, greve de zelo greve nacional” ou até mesmo, segundo
José Manuel Vaz, pela “resistência e desobediência profissional se o governo
não se disponibilizar para o diálogo”.
Andre
Amaral – Expresso das Ilhas (cv)
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