sábado, 6 de setembro de 2014

Ébola: São Tomé controla costa para evitar desembarque clandestino




O Governo são-tomense anunciou hoje que decidiu recorrer às Forças Armadas para patrulharem a costa e impedirem desembarques clandestinos, no âmbito das medidas de prevenção contra a propagação do vírus do Ébola.

Num comunicado do Conselho de Ministros, divulgado hoje, o executivo são-tomense considera que "a questão (do ébola) é muito séria para ser tratada com ligeireza" e, por isso, decidiu recorrer às Forças Armadas para patrulhar a costa do arquipélago, com vista a evitar "eventuais tentativas de desembarque clandestino".

"Considerando que a questão é muito séria para ser tratada com ligeireza o conselho de ministros reiterou a necessidade de reforço de todas as medidas preventivas anunciadas e determinou que sejam mantidas "in loco" as decisões tomadas no que concerne à saída e entrada nos aeroportos e portos de São Tomé e do Príncipe de aeronaves e embarcações de e para os países onde já se registam casos de Ébola", indica o comunicado.

"Tendo em conta a vulnerabilidade do nosso país, (o Conselho de Ministros) sublinhou o papel das Forças Armadas em ações de patrulhamento visando dissuadir eventuais tentativas de desembarque clandestino", acrescenta o comunicado do Governo são-tomense.

O Governo determinou ainda para o próximo dia 18 deste mês uma "campanha de limpeza e de remoção de lixo", devendo ser feita "uma mobilização geral" nesse sentido.

O executivo anunciou ainda que vão ser "intensificadas as ações de informação e educação da população com particular incidência através dos órgãos da comunicação social", e apelou ao envolvimento das rádios comunitárias para difundirem "informações e programas de interesse geral" sobre as consequências de o país vir a ser contaminado com o vírus do Ébola.

De acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado na sexta-feira, a febre hemorrágica ébola provocou já 2.097 mortos, em 3.944 casos registados, nos três países mais afetados pela doença.

Segundo a mesma fonte, morreram 1.089 pessoas na Libéria, 517 na Guiné-Conacri e 491 na Serra Leoa. A Nigéria, que não faz parte destas estatísticas, declarou 22 casos e oito mortos.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana