O
Governo são-tomense anunciou hoje que decidiu recorrer às Forças Armadas para
patrulharem a costa e impedirem desembarques clandestinos, no âmbito das
medidas de prevenção contra a propagação do vírus do Ébola.
Num
comunicado do Conselho de Ministros, divulgado hoje, o executivo são-tomense
considera que "a questão (do ébola) é muito séria para ser tratada com
ligeireza" e, por isso, decidiu recorrer às Forças Armadas para patrulhar
a costa do arquipélago, com vista a evitar "eventuais tentativas de
desembarque clandestino".
"Considerando
que a questão é muito séria para ser tratada com ligeireza o conselho de
ministros reiterou a necessidade de reforço de todas as medidas preventivas
anunciadas e determinou que sejam mantidas "in loco" as decisões
tomadas no que concerne à saída e entrada nos aeroportos e portos de São Tomé e
do Príncipe de aeronaves e embarcações de e para os países onde já se registam
casos de Ébola", indica o comunicado.
"Tendo
em conta a vulnerabilidade do nosso país, (o Conselho de Ministros) sublinhou o
papel das Forças Armadas em ações de patrulhamento visando dissuadir eventuais
tentativas de desembarque clandestino", acrescenta o comunicado do Governo
são-tomense.
O
Governo determinou ainda para o próximo dia 18 deste mês uma "campanha de
limpeza e de remoção de lixo", devendo ser feita "uma mobilização
geral" nesse sentido.
O
executivo anunciou ainda que vão ser "intensificadas as ações de
informação e educação da população com particular incidência através dos órgãos
da comunicação social", e apelou ao envolvimento das rádios comunitárias
para difundirem "informações e programas de interesse geral" sobre as
consequências de o país vir a ser contaminado com o vírus do Ébola.
De
acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado na
sexta-feira, a febre hemorrágica ébola provocou já 2.097 mortos, em 3.944 casos
registados, nos três países mais afetados pela doença.
Segundo
a mesma fonte, morreram 1.089 pessoas na Libéria, 517 na Guiné-Conacri e 491 na
Serra Leoa. A Nigéria, que não faz parte destas estatísticas, declarou 22 casos
e oito mortos.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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