Ângelo
Correia, ex-patrão de Passos Coelho, falou ao Diário de Notícias sobre as
dúvidas relativas às remunerações do atual primeiro-ministro, numa altura em
que estava em regime de exclusividade no Parlamento.
Passos
Coelho, embora não se lembrasse, escreveu em 2000 ao Parlamento a assumir que
esteve em regime de exclusividade. Agora, falando sobre o caso ao Diário de
Notícias, Ângelo Correia, antigo patrão de Passos na Formentinvest, diz que não
se pronuncia. No entanto, falou do que deseja e das suas próprias estratégias
para combater a falta de memória no que aos vencimentos diz respeito.
Ângelo
Correia prefere não falar do caso. Pelo menos “até ser conhecido o parecer do
Ministério Público”, diz. Ainda assim, há um desejo claro: “que tudo corra bem
nesse aspeto até para termos primeiro-ministro até às próximas eleições”.
Conta
o Diário de Notícias que apesar da defesa feita ontem no Parlamento, há entre
os partidos da maioria quem sinta algum incómodo por o primeiro-ministro não
ter dado “uma resposta inequívoca” sobre este caso.
Caso
que voltou também a trazer para a ribalta a Tecnoforma, uma empresa que Ângelo
Correia diz nunca ter conhecido, nem na altura, “nem hoje”. Afinal de contas
terá ou não o atual primeiro-ministro recebido vencimentos, numa altura em que
presidia ao Conselho Português para a Cooperação, estando em regime de
exclusividade na Assembleia da República?
A
resposta não é clara. Mas o antigo ministro da Administração Interna de Cavaco
Silva, sem criticar diretamente Passos Coelho, contou ao Diário de Notícias a
sua estratégia para evitar lapsos de memória sobre remunerações: “guardo as
cópias do IRS de todos os anos, dá jeito para evitar problemas de não me recordar”,
contou.
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