Público,
editorial
Reformar
a política, reaproximar os cidadãos da política e aumentar os níveis de
transparência não podem ser palavras vãs e promessas ocas ditas em discursos
oficiais.
Há
dúvidas sobre declarações formais que o primeiro-ministro fez à Assembleia da
República há 15 anos. Uma delas é simples: nos anos 1990, Passos estava ou não
em regime de exclusividade quando era deputado? O primeiro-ministro diz que foi
há muitos anos e pediu que os serviços do Parlamento verificassem. Quatro dias
depois, veio agora a resposta da Assembleia: não estava. Mas os documentos
oficiais da mesma Assembleia mostram o contrário. Esta contradição é incompreensível
e tem dois resultados imediatos: levanta ainda mais dúvidas e aumenta a
nebulosa sobre um caso que, em vez de ser respondido com a transparência que a
democracia exige, está a ser tratado pela equipa de Passos Coelho como uma
“chatice” que os jornalistas decidiram criar para fazer o primeiro-ministro
perder tempo.
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