Hong
Kong, China, 30 out (Lusa) -- Hong Kong adotou o nível mais elevado de medidas
de prevenção na fronteira para fazer face à ameaça do vírus Ébola, disse o
secretário para a Saúde, Ko Wing-man, citado pelo jornal South China Morning
Post.
Ko
Wing-man disse, no entanto, não haver necessidade de impedir cidadãos
procedentes de países infetados de entrarem em Hong Kong , uma vez que a
Organização Mundial de Saúde (OMS) não o considera necessário.
"Aumentámos
as medidas de prevenção na fronteira para o nível mais elevado possível",
disse Ko Wing-man na quinta-feira, à margem da 6.ª Conferência Global da
Alliance for Healthy Cities, em
Hong Kong.
O
secretário para a Saúde explicou que as autoridades de Hong Kong aumentaram a
monitorização em diferentes áreas, além do controlo nas fronteiras, e que
também emitiram orientações para o pessoal médico.
Desde
segunda-feira da semana passada, os passageiros oriundos de países atingidos
pelo Ébola, ou que visitaram áreas afetadas nos últimos 21 dias, passaram a ter
de preencher questionários à chegada ao Aeroporto Internacional de Hong Kong,
afirmou o secretário para a Saúde.
Shin
Young-soo, diretor regional da OMS, disse estar confiante de que Hong Kong
possa conter efetivamente o vírus.
As
declarações do secretário para a Saúde de Hong Kong foram proferidas dias
depois de o professor belga Peter Piot, um dos cientistas que descobriu o Ébola
em 1976, ter advertido que as medidas de vigilância no aeroporto em Hong Kong eram
ineficazes.
Um
estudo publicado na semana passada pela revista médica britânica The Lancet
indicou que o risco de um doente infetado com Ébola viajar para Hong Kong era
mínimo, mas que um eventual surto no interior da China iria representar uma
ameaça grave.
Hong
Kong registou duas suspeitas de infeção com o vírus Ébolas, mas nenhum caso
confirmado.
O
surto de Ébola que tem fustigado a África Ocidental já provocou 4.922 mortos,
de acordo com a última atualização da OMS, a maioria na Libéria, Guiné-Conacri
e Serra Leoa.
FV
(JCS) // VM - Lusa
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