Mário Motta, Lisboa
EDUCAÇÃO
O drama das escola e dos professoras continua. O saldo é arrepiante. Milhares de alunos sem professores já lá vai um mês. Como sempre a culpa morre solteira e as consequências da incompetência cai em saco roto. Para ilibarem um ministro que tem tido a sabedoria de avacalhar a educação empurram as responsabilidades da bagunça para um secretário de estado. Mas nem um nem outro sofrem as consequências da sua inaptidão para os cargos que ocupam. Quando um e outro deviam ser categoricamente demitidos. É mais que evidente que tal situação só é possivel porque o chefe do governo, dito primeiro-ministro, dá e sempre deu a maior proteção aos que na sua equipa têm demonstrado a sua inépcia no desempenho das responsabilidades que lhes cabem ministerialmente. A escola que se dane e os professores também. Para completar vimos um país em que os pais dos alunos pouco ou nada fazem para acelerar as imprescindíveis correções que têm de ser feitas por outra equipa ministerial que saiba o que está a fazer em vez de declarar e pôr em prática uma radical guerra aos professores. Sem professores é impossível haver escola e até os pais dos alunos parecem desconhecer esta fórmula tão simples e evidente. A escola sem professores é o mesmo que a sopa da pedra sem os condimentos que a tornaram famosa e tão saborosa. Para agravar a situação Cavaco Silva sente-se acima destes problemas da educação em Portugal e nem uma palavra ou uma atituide de reprovação é capaz de pronunciar. Mais, nem a sua critica e exigência dirigida ao primeiro-ministro foi feita como deve. Exigência para que esta incompetência seja reconhecida e colmatada rapidamente. Muito rapidamente e não a passo de caracol como está a acontecer. A marca de Cavaco Silva, dito presidente da República, é inconfundível. Supera-se em auto-convencido da sua infalibilidade e perfeição agravado por um narcisismo insuportável. Não por acaso está destinado a ser referido como o pior no desempenho daquele cargo. Dizem os portugueses que se juntou a fome com a vontade de comer. E assim Portugal está nas mãos de incompetentes cujo patriotismo é muitissimo questionável pelas mostras e efetivas práticas de servilismo aos interesses estrangeiros que têm vindo a violar a Constituição de Portugal, entre outras violações.
JUSTIÇA
Como se não bastasse o descalabro na Educação também a Justiça anda pelas ruas da amargura devido à incompetência da ministra daquele pelouro. Em Portugal a Justiça nunca foi grande coisa mas piorou enormemente. A reforma anunciada desembocou num completo desastre com uma coisa do mundo das trevas, o CITIUS. Como em tudo, também aqui é o deixa andar. Responsabilidades não há. A ministra continua ministra e a Justiça continua injustiça em inúmeros exemplos. Muitos milhares deles. Nem primeiro-ministro, nem presidente da República se preocupam com isso. Vão dizendo (quando dizem) que o processo está em fase de correção sem que na prática se vislumbre que assim acontece.
Agora por falar de Justiça recorro a um artigo de opinião que aqui no Página Global foi compilado do jornal i. Um editorial de Luís Rosa onde é abordado a realidade do Tribunal Constitucional levar cinco anos para escrutinar as contas dos partidos políticos. Até parece anedota - não o editorial mas a vergonha que ele aborda e divulga. Já se sabe que a Justiça está de rastos... e o Constitucional também. A verdade é que a responsabilidade, neste caso, não é do CITIUS mas sim da pouca vergonha e inépcia dos senhores e senhoras do Tribunal Constitucional. O respeito devido e os deveres cumpridos para com os cidadãos não existem, nem naquele orgão. Transparece que são pessoas que se apanham nos poleiros, nos poderes, e se acham no direito de fazer como muito bem lhes convém (de acordo com as seitas amigalhaças). Assim é a voz do povo levada ao termo "farinha do mesmo saco". Não nos respeitam, não nos merecem respeito. E assim vai Portugal. Pior ainda: segundo o jornal i "Financiamento.
Partidos políticos escondem origem dos donativos". O que significa que estamos perante associações suspeitas de criminalidade constituídas em partidos políticos. E contra isso a Justiça nada faz. Lá está a "farinha do mesmo saco" tão referida popularmente. Com alguma razão. Portugal a apodrecer. Uns dizem que está sujo e outros que está mal lavado. Até parece que não têm olhos na cara. Nem cérebro.
COSTA E PS DE ESQUERDA?
Atentemos no título constante no Página Global e retirado do Notícias ao Minuto: ANTÓNIO COSTA PRÓXIMO DA ESQUERDA. Um título correto. É que Costa e o PS não são de esquerda nenhuma mas sim de uma social-democracia que se alia sistemáticamente à direita e aos do grande capital dizendo-se incorretamente de esquerda. Poderão estar um pouco mais à esquerda do CDS e do PSD em determinadas circunstâncias, porém facto é que não são de esquerda. Por isso o título corretamente diz que Costa se aproximou da esquerda - a saber o Bloco. Mas nem o Bloco acredita naquele Costa de esquerda. Que fará Costa relativamente ao PCP? O mesmo de sempre nas práticas do PS. É que pertencer ao "arco da governação e da corrupção" é que tem trazido vantagens. Por quê mudar? É verdade que a governação PS, às vezes, é mais à esquerda no espectro político da direita... Mas isso não faz do PS um partido de esquerda, nem de Costa. Se Costa for eleito para PM do próximo governo vai aliar-se com os partidos mais à direita nunca com o Bloco ou com o PCP. Até porque ainda esta manhã em entrevista passada na TSF o socialista Ferro Rodrigues deixou bem evidente que o PS não irá conseguir uma maioria nas próximas eleições e que por tal é evidente que fará alianças com os partidos de direita seus pares, o CDS e o PSD. Tudo como antes. Portugal a apodrecer. Os pobres mais pobres, a classe média a desaparecer, os ricos em alta no ripanço definido como "é fartar vilanagem".
MAIS PARTIDOS POLÍTICOS, A PULVERIZAÇÃO
Sim. Está a acontecer. Quase tudo à procura de tacho. Porque não encontram vaga elegível noutros partidos e porque têm os seus próprios pensamentos e ambições, vão fundando partidos. São pequenos, quase insignificantes e efémeros. Servem para pulverizar os votos e pouco mais. Como nas suas convições são notadas tendências encapotadas de direita e neoliberais ou pura e simplesmente populistas, destinam-se a caçar votos à esquerda efetiva e pouco mais. Um processo de pulverização como o da farinha. Farinha do mesmo saco que esperamos que rapidamente se dissipe, como quase sempre tem acontecido. Portugal a apodrecer. Aguardemos sem nada fazer ou recorramos à indignação e tomemos as atitudes devidas e urgentes que nos retire deste esmagamento sob as patas do euro e da União Europeia comandada pela Alemanha de Merkel e pelos donos dos mercados do grande capital que com a crise têm visto as suas fortunas aumentarem descomunalmente. Portugal para uns está sujo e para outros mal lavado. A realidade é que a trampa é fruto da podridão. Quanto mais os portugueses tolerarem a situação mais nos atascamos.
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