quarta-feira, 8 de outubro de 2014

São Tomé e Príncipe: CAMPANHA ELEITORAL SEM TVs, RÁDIOS E JORNAIS? BRINCADEIRA!




São Tomé e Príncipe é um país pobre. Muito pobre. Comunicação social não tem meios para acompanhar as caravanas eleitorais pelo país cumprindo o seu dever: informar e formar. A agravar a pobreza económico-social assiste-se ao seu contágio na pobreza de adquirir conhecimento e esclarecimento sócio-político. Quem imagina eleições sem campanhas eleitorais? Quem imagina que os comícios partidários não tenham a cobertura quase plena da comunicação social? Quase nem se imagina tal situação na atualidade. Em pleno século 21 aquele país recua a níveis de cerca de um século. Tempos coloniais.

Eleições sem esclarecimento. Sem que os eleitores saibam exatamente quais as propostas dos candidatos e partidos dos candidatos a eleger? Isso não são eleições mas sim brincar à democracia. A situação até pode convir aos partidos políticos e aos políticos. A quem não interessa de certeza absoluta é à população e ao país. Os que votarem vão votar maioritariamente impregnados de uma grande dose de obscurantismo. Só uma minoria vai adquirir esclarecimento e capacitação para desempenhar a função de eleitor consciente. Democracia? Uma triste brincadeira (de crianças?) com povo e país é o que se está a assistir nas eleições em São Tomé e Príncipe. E os políticos não suspendem as suas atividades eleitorais em protesto? Porque? Porque a situação até lhes convém? A alguns sim. Sempre àqueles que têm mais apoios financeiros. Favores que vão ter de pagar mais tarde através de negócios dúbios, prejudiciais ao interesse dos príncipes e dos santomenses. Para agravar tudo ainda existem os “banhos” – compra de votos – como alternativa quase legal. Pelo menos aceite pelas autoridades desde que “nada vejam”. Mais outra pobreza a acrescentar às restantes. O Téla Nón mostra. (CT / PG)

TVS a margem da campanha eleitoral

A Televisão São-tomense que é a principal fonte de informação da população são-tomense, não está a acompanhar as actividades de campanha dos partidos políticos com vista as eleições de 12 de Outubro.

O próprio jornal Téla Nón que não tem meios, nem recursos humanos, para estar presente em todas as actividades de campanha, tinha a TVS como a sua principal fonte de notícias. A fonte secou, e o público são-tomense sabe muito pouco sobre as actividades diárias dos partidos políticos no terreno.

Contactado pelo Téla Nón, o director da TVS Juvenal Rodrigues, disse que existem constrangimentos internos que impedem a cobertura da campanha eleitoral. Meios técnicos existem, no entanto falta dinheiro.

Segundo Juvenal Rodrigues tradicionalmente a TVS beneficiava de um financiamento para pagar subsídios as equipas de reportagem que dão cobertura a campanha eleitoral. Um subsídio considerado de risco tendo em conta o perigo que os repórteres podem correr no terreno tendo em conta as situações de maior exaltação que podem acontecer durante as manifestações políticas.

Desta vez os jornalistas e técnicos da TVS ainda não receberam tal subsídio, por isso estão a margem das actividades partidárias no terreno. «Assim que a situação ficar resolvida começaremos a cobrir a campanha eleitoral a 100%», precisou o Director da TVS.

Abel Veiga

1 comentário:

Unknown disse...

em STP, vive-se demasiado eu(individualismo) ou seja a pobreza é tanta que se tem esquecido de olhar o país. assim a cada dia que passa cai um pedaço desta relíquia da natureza. o atual primeiro ministro começou a sua governação com uma viagem aos estúdios da TVS. perguntasse então. de que resultou, quais as melhorias? resposta fácil nenhuma e em nada.

Pascoal de Carvalho.

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