São
Tomé e Príncipe é um país pobre. Muito pobre. Comunicação social não tem meios
para acompanhar as caravanas eleitorais pelo país cumprindo o seu dever:
informar e formar. A agravar a pobreza económico-social assiste-se ao seu contágio
na pobreza de adquirir conhecimento e esclarecimento sócio-político. Quem
imagina eleições sem campanhas eleitorais? Quem imagina que os comícios partidários
não tenham a cobertura quase plena da comunicação social? Quase nem se imagina tal
situação na atualidade. Em pleno século 21 aquele país recua a níveis de cerca
de um século. Tempos coloniais.
Eleições
sem esclarecimento. Sem que os eleitores saibam exatamente quais as propostas
dos candidatos e partidos dos candidatos a eleger? Isso não são eleições mas
sim brincar à democracia. A situação até pode convir aos partidos políticos e
aos políticos. A quem não interessa de certeza absoluta é à população e ao país.
Os que votarem vão votar maioritariamente impregnados de uma grande dose de
obscurantismo. Só uma minoria vai adquirir esclarecimento e capacitação para
desempenhar a função de eleitor consciente. Democracia? Uma triste brincadeira (de crianças?) com povo e país é o que se está a assistir nas eleições em São Tomé e Príncipe. E os
políticos não suspendem as suas atividades eleitorais em protesto? Porque?
Porque a situação até lhes convém? A alguns sim. Sempre àqueles que têm mais
apoios financeiros. Favores que vão ter de pagar mais tarde através de negócios
dúbios, prejudiciais ao interesse dos príncipes e dos santomenses. Para agravar
tudo ainda existem os “banhos” – compra de votos – como alternativa quase
legal. Pelo menos aceite pelas autoridades desde que “nada vejam”. Mais outra
pobreza a acrescentar às restantes. O Téla Nón mostra. (CT / PG)
TVS
a margem da campanha eleitoral
A
Televisão São-tomense que é a principal fonte de informação da população
são-tomense, não está a acompanhar as actividades de campanha dos partidos
políticos com vista as eleições de 12 de Outubro.
O
próprio jornal Téla Nón que não tem meios, nem recursos humanos, para estar
presente em todas as actividades de campanha, tinha a TVS como a sua principal
fonte de notícias. A fonte secou, e o público são-tomense sabe muito pouco
sobre as actividades diárias dos partidos políticos no terreno.
Contactado
pelo Téla Nón, o director da TVS Juvenal Rodrigues, disse que existem
constrangimentos internos que impedem a cobertura da campanha eleitoral. Meios
técnicos existem, no entanto falta dinheiro.
Segundo
Juvenal Rodrigues tradicionalmente a TVS beneficiava de um financiamento para
pagar subsídios as equipas de reportagem que dão cobertura a campanha eleitoral.
Um subsídio considerado de risco tendo em conta o perigo que os repórteres
podem correr no terreno tendo em conta as situações de maior exaltação que podem
acontecer durante as manifestações políticas.
Desta
vez os jornalistas e técnicos da TVS ainda não receberam tal subsídio, por isso
estão a margem das actividades partidárias no terreno. «Assim que a situação
ficar resolvida começaremos a cobrir a campanha eleitoral a 100%», precisou o
Director da TVS.
Abel
Veiga
1 comentário:
em STP, vive-se demasiado eu(individualismo) ou seja a pobreza é tanta que se tem esquecido de olhar o país. assim a cada dia que passa cai um pedaço desta relíquia da natureza. o atual primeiro ministro começou a sua governação com uma viagem aos estúdios da TVS. perguntasse então. de que resultou, quais as melhorias? resposta fácil nenhuma e em nada.
Pascoal de Carvalho.
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