quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Moçambique: Estudo sobre o processo eleitoral desvenda o que chama de “possíveis esquemas”



Fraude eleitoral

O estudo indica que Filipe Nyusi foi o maior beneficiado, com cerca de 100 mil votos

Um relatório produzido pelo Centro de Integridade Pública (CIP), com base na observação eleitoral do EISA e do Observatório Eleitoral, revela o que chama de “possível esquema de fraude”, baseado no enchimento de votos nas últimas eleições gerais de 15 de Outubro.

O estudo, divulgado pelo boletim sobre o processo eleitoral daquela organização da sociedade civil, em conjunto com a Associação de Parlamentares europeus (AWEPA), parte do princípio de que hoje, efectivamente, a fraude eleitoral terá beneficiado alguns concorrentes no processo.

“O estudo identificou dois grupos de assembleias de voto onde, de acordo com os dados, se suspeita que tenha havido enchimento de urnas: onde houve uma grande afluência às urnas; onde houve um número significativamente maior de votos para as presidenciais do que para a Assembleia da República”, revela a fonte.

De acordo com o estudo, os esquemas usados poderão ter resultado na introdução de cerca de 105 mil votos, cerca de um terço dos que foram amealhados pelo candidato do MDM, Daviz Simango. “Esta análise dos dados do PVT (contagem paralela) sugere que poderão ter existido mais de 105 mil votos “extra”. Isto pode ter sido uma mistura de duas técnicas, a introdução de boletins de voto “extra” nas urnas (forma física) ou, provavelmente, a mais comum, a alteração dos números nos editais no momento em que ninguém estava a fiscalizar. Neste artigo consideram-se as duas técnicas de enchimento de urnas”, revela o estudo.

O País (mz)

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